JOVEM MORTO APÓS ATAQUE NA ORLA SERÁ ENTERRADO NESTA TERÇA
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  • 12/07/2016 
  • redacao

Yuri Silva e Andrezza Moura

Leonardo Moura morreu nesta segunda-feira, 11, após cirurgia no HGE

Leonardo Moura morreu nesta segunda-feira, 11, após cirurgia no HGE

“Foi homofobia! Não temos dúvida de que foi homofobia. Não levaram nada dele”, afirmou, nesta segunda-feira, 11, a professora e ativista Carla Freitas, de 34 anos, amiga do  estudante e produtor de eventos Leonardo Santiago Moura, 30, o Léo,  espancado no Rio Vermelho em suposto ataque homofóbico no último sábado, 9.

Ele morreu no Hospital Geral do Estado (HGE) na manhã desta segunda, após cirurgia. Segundo boletim do posto da Polícia Civil no HGE, a causa da morte foi dispneia seguida de parada respiratória, mas a Secretaria da Saúde da Bahia, responsável pela unidade de saúde, não confirmou.

O enterro de Leonardo está marcado para as 10h desta terça, 12, no cemitério Campo Santo, no bairro da Federação.

Ódio homofóbico

A irmã do rapaz, Cláudia Moura, também levantou a possibilidade de agressão por ódio homofóbico, no site Dois Terços, especializado na temática LGBT. Segundo ela, Leo não foi roubado.

A Polícia Civil, no entanto, informou que o rapaz  estava sem celular quando foi encontrado por pescadores, às 6h de sábado. Ele estava caído na areia da praia da Paciência, a  800 metros da boate gay San Sebastian, de onde havia saído antes do ataque.

Segundo a polícia, a vítima deu entrada duas vezes no HGE. Na primeira, teria se recusado a fazer  tomografia da cabeça e do abdômen e, por isso, recebido alta médica após assinar termo de responsabilidade – versão negada por familiares.

“Duvido que ele tenha recusado atendimento. Se eles [médicos] tivessem atendido  antes, veriam que ele estava com hemorragia interna”, avaliou a vendedora Laila Moura, 30, irmã da vítima.

Segundo ela, quando chegou ao HGE, o irmão estava desnorteado, sem condições de responder por si. “Quando ele saiu, caiu e desmaiou. Um sargento [PM que trabalha no HGE] viu e nos ligou. Em momento algum o hospital entrou em contato com a gente”, completou,  abalada.