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- 16/08/2015
- redacao
O jovem sul-coreano Hyomgung Shin intriga a ciência. Ele tem 26 anos, mas sua aparência é de um pré-adolescente de, no máximo, 10, e seu caso não tem precedentes na bibliografia médica. O homem com cara de menino ganhou fama na Coreia do Sul após aparecer em um programa de TV local e, agora, é conhecido no mundo inteiro após vídeos seus no Youtube se tornarem virais. De acordo com reportagem da BBC Brasil, a imprensa coreana divulgou que Shin é portador de uma rara síndrome, chamada Highlander. Nascido em 5 de janeiro, Hyomyung conta que percebeu que havia parado de envelhecer somente aos 18 anos. “Uma vez fui a um reencontro de colegas da escola e todos meus amigos já estavam crescidos. Eu era a exceção”, diz em entrevista à BBC Brasil. Os médicos que cuidam do coreano garantem que ele é saudável. Ele, no entanto, nunca passou por um exame mais completo para saber as causas do lento envelhecimento. Com 1,63 m e jeito de quem não passou pela puberdade, Hyomyung diz levar uma vida normal, inclusive no trabalho, em um escritório de consultoria técnica – onde diz nunca ter tido problemas para ser respeitado. Ele também é DJ nos fins de semana. Shin ainda é obrigado a sempre andar com a carteira de identidade em mãos, principalmente para entrar nas boates onde trabalha e frequenta e para comprar bebida alcoólica. No entanto, para ele, ter a aparência de um pré-púbere tem lá suas vantagens. “Uma vantagem de ter cara de menino é que quando vou para o interior e entro nas lojas ou restaurantes os mais idosos ficam me chamando de fofo, me dão desconto e, às vezes, até consigo coisas de graça”, conta. Segundo Hyomyung, sua síndrome parece ser coisa de família. “A minha irmã mais velha também parece bem mais nova do que sua idade real. Ela tem 31 anos e aparenta ser uma estudante do Ensino Médio, eu diria”, revela. Apesar de a informação de que o sul-coreano seria portador da síndrome Highlander ter sido compartilhada por jornais do mundo inteiro, o professor Moisés E. Bauer, coordenador do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) atenta para o fato de não haver precedentes como o do coreano na bibliografia médica. “Devemos evitar a divulgação de ‘possíveis achados que poderiam ser chaves para encontrar a cura para parar o envelhecimento’. O envelhecimento não é uma doença, todas as espécies envelhecem, embora em taxas diferentes, e precisamos disso para o correto desenvolvimento”, explicou à BBC Brasil o pesquisador, que coordena o Laboratório de Imunologia do Envelhecimento.
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