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- 17/04/2017
- redacao
Odebrecht, contou em depoimento ao Ministério Público Federal que os repasses ilegais foram encerrados depois que Marcelo Odebrecht foi preso, em junho de 2015. Na ocasião Emílio teve que assumir o comando do grupo e determinou a interrupção dos pagamentos, inclusive daqueles que estavam atrasados. “Quando eu, logo uma semana depois [da prisão de Marcelo Odebrecht], oficializava a entrada no Newton [de Souza] como presidente substituindo o Marcelo e ao mesmo tempo definia uma série de regras dentro da organização, foi que daí para frente terminou o caixa dois, zerava, os compromissos que exisitram morrerram”, contou. Na ocasião, estava acertado que a empreiteira pagaria uma dívida de três campanhas ao marqueteiro Duda Mendonça, entre elas a de campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo em 2014. Depois de semanas de cobranças e tentativas frustradas de acordo, foi decidido que a empreiteira compraria de Duda um terreno no Sul da Bahia, por um preço maior que o real, para quitar as dívidas. Algumas parcelas foram pagas por meio de uma operação simulada usando a DAG Engenharia, a mesma que foi chamada para fazer repasses ao Instituto Lula. De acordo com a Folha, depois de ter decidido interromper os pagamentos ilícitos, Emílio pediu para desfazer o combinado, embora o terreno ainda estivesse em nome de Duda. “Mandei desmanchar o negócio, preferi que [Duda] ficasse nos devendo do que a gente pra ele. Ele que ficou me devendo. Tenho um crédito com Duda, que não está registrado. (…) O meu papel foi o de ser cobrado por Duda. Podia ser R$ 1 ou ser R$ 100. Eu não tinha mais dinheiro de caixa dois”, destacou Emílio. Na gravação em que narra o acontecido, Emílio sugere que foi provocado a detalhar o fato depois que Duda Mendonça demonstrou interesse em fechar acordo de delação com o Ministério Público – a proposta foi rejeitada e ele firmou o acordo com a Polícia Federal. A defesa do marquetero não se manifestou. BN
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