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- 29/05/2017
- redacao
por Francis Juliano
Mesmo com a ameaça de sofrer uma ação do Ministério Público, o prefeito de Itabuna, no sul baiano, Fernando Gomes , vai fazer de tudo para manter tanto a esposa, Sandra Neilma Gomes, quanto o sobrinho Dianilson Oliveira no primeiro escalão dos cargos da prefeitura. Os dois são secretários, respectivamente, de Assistência Social e de Administração, o que configura, na visão do MP, a prática de nepotismo. Ao Bahia Notícias, a titular da pasta de Assistência Social disse que deve continuar no cargo. “Eu acredito que cabe defesa. Eu acho, assim, eu sou esposa, mas tenho compromisso com meu trabalho, sou responsável, e tô aqui para ajudar, o que vale é isso”, comentou Sandra Gomes em entrevista ao BN. Questionada se não vê um problema ético no caso, a secretária disse não se incomodar. “Eu acho que é um cargo de confiança, um cargo político. Não vejo porque não oportunizar [cargo] para alguém da família. Porque quem mais deseja que se faça um trabalho sério é um parente, por conta da confiança e por querer preservar e elevar o governo”, avalia. Uma Súmula Vinculante [n° 13] do Supremo Tribunal Federal (STF) proíbe contratação de cônjugue, companheiro ou parente em linha reta até o terceiro grau. Segundo o promotor Inocêncio de Carvalho Santana, além da relação de parentesco, tanto a secretária como o secretário também não apresentam capacitação técnica para os cargos, pois ambos têm apenas o ensino médio. A constatação foi minimizada também pela secretária. “Itabuna já teve outros casos de nomeação de parentes em gestões passadas, principalmente nesses últimos dois governos e não teve essa recomendação do MP”, afirma. Ainda segundo Sandra Gomes, a prefeitura deve entrar com recurso para manter ela e o secretário de Administração, mas disse que a defesa está a cargo do prefeito.
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