UMA UPA QUE DEVERIA ATENDER À POPULAÇÃO DE ITACARÉ E REGIÃO SEGUE SEM FUNCIONAR
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  • 24/03/2018 
  • redacao

 

A UPA 24 horas  de Itacaré está se acabando pela ação do tempo e não tem previsão de funcionamento (Foto: H. Hugo

A UPA do município de Itacaré, no Sul da Bahia, ficou pronta há mais de 02 anos. Custou quase  R$ 2 milhões. Deveria atender a uma população  regional de 50 mil habitantes, mas está fechada. A prefeitura diz que não abre porque não tem dinheiro para manter a UPA funcionando. O município aguarda o repasse de dinheiro do Ministério da Saúde para comprar equipamentos. De acordo com o Secretário Municipal de Saúde, Ricardo Lins, falta equipamento e o governo do estado até o momento só liberou RS 100,000,00 (Cem mil) para aquisição de equipamentos o que segundo ele ainda é insuficiente para a unidade entrar em funcionamento

.Mais de 500 UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, que deveriam desafogar os hospitais públicos, estão prontas e sem funcionar ou com as obras paradas. O Ministério da Saúde admite que prometeu mais do que podia.

 

A obra foi iniciada em 2014 e custou a cofres públicos quase dois milhões de reais (Foto: H. Hugo))

Os prédios são novinhos. Unidades de Pronto Atendimento (UPA) construídas com a ajuda do Governo Fedral, para funcionar 24 horas por dia. Atender pacientes com problemas de média complexidade. Mas estão vazios.

Em todo o país, 188 UPAs estão prontas, mas não funcionam. Trezentas e vinte e quatro estão em construção. O Governo Federal paga boa parte da obra e depois ajuda com recursos para a manutenção, mas o município e os estados têm que entrar com dinheiro para comprar medicamentos, pagar salários e tem que cumprir algumas regras, como manter a UPA funcionando 24 horas por dia com um número determinado de médicos. O problema é que está faltando dinheiro para bancar esses custos.

Embora tenham assinado convênios que previam a necessidade de pagarem parte dos custos de funcionamento das UPAs, muitos municípios agora dizem que não têm esse dinheiro e cobram ajuda do governo. Querem mudança nas regras das futuras unidades. Afirmam que dá para colocá-las em funcionamento desde que elas possam, por exemplo, ficar abertas apenas durante o dia.

“Que os prefeitos possam utilizar essas unidades, essas estruturas de acordo com a necessidade do município. Pode ser que funcione como um pronto socorro, como um pronto atendimento, como um centro de especialidades ou funcione durante 12 horas e não funcione à noite”, diz o Presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (CONASS), João Gabbardo.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, reconhece que o governo acabou autorizando a construção de um número de UPAS bem maior do que o previsto inicialmente. Quando o programa foi lançado, a proposta era construir 500 unidades em todo o país, mas houve pressão de prefeitos e foram autorizadas mais de mil unidades. Agora, tanto o Governo Federal quanto os estados e municípios têm dificuldade de bancar as UPAs.

O ministro disse que concorda em alterar algumas regras para permitir a inauguração das UPAs que estão fechadas, se os órgãos de fiscalização, como o Tribunal de Contas da União, concordarem. (Fonte:Jornaltribunadaregiao.com.br/Fotos: H. Hugo)