EX-CANDIDATO DIZ QUE VEREADORES COBRAM ATÉ R$ 600 MIL PARA APOIO NO INTERIOR
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  • 13/08/2014 
  • redacao
Para PRE, investigação depende de denúncia formal | Foto: Max Haack/Ag. Haack|BN

Para PRE, investigação depende de denúncia formal | Foto: Max Haack/Ag. Haack|BN

O deputado estadual Carlos Gaban (DEM), ex-candidato à reeleição, denunciou novamente nesta terça-feira (12) a existência de “compra” de apoio político em cidades do interior da Bahia. Na última sexta (8), o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), chegou a dizer que essa prática “banalizou”. “Eu nunca vi nada igual ao que estou vendo esse ano. É como se tivesse banalizado que a coisa funciona assim e ponto final. Eu não sei porque não estou na ponta, mas todos os relatos que tenho são esses (compra de lideranças)”, relatou o petista. Gaban que retirou sua candidatura à Assembleia Legislativa – assim como Sérgio Carneiro (PT), Sérgio Passos (PSDB) e Graça Pimenta (PMDB) – calcula que para se eleger um deputado estadual é necessário, aproximadamente, R$ 2,6 milhões. “Um vereador com 500 votos estava pedindo R$ 500 mil, R$ 600 mil. Tem ‘nego’ recomprando voto e o Tribunal Eleitoral não está fazendo nada”, reclamou em entrevista ao Bahia Notícias. Segundo o procurador Regional Eleitoral André Luiz Batista Neves, para que o órgão investigue o problema é necessário que haja uma denúncia formal ao promotor de qualquer Zona Eleitoral ou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que a partir disso fará uma investigação com auxílio da Polícia Federal.  A denúncia, contudo, não pode ser anônima. “A Constituição proíbe o anonimato a não ser que o relato seja acompanhado de provas cuja obtenção, em si mesma, não seja ilícita”, explicou ao BN.