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- 05/10/2015
- redacao
“Bandido bom é bandido morto”. Essa é a percepção de metade da população das grandes cidades brasileiras, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 5. O levantamento, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que 50% dos 1.307 entrevistados em 84 municípios concordaram com essa afirmação, enquanto 45% discordaram. Três por cento não concordam nem discordam e 2% não souberam responder a pergunta. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos, há um empate técnico.
No Nordeste, há um desempate: 52% concordam e 44% discordam. Mesmo com a margem de erro, o percentual que aprova a morte de bandidos é superior. Em um recorte por gênero, 52% concordam e 45% discordam entre os homens. Já entre as mulheres há um empate técnico (48% a favor e 46% contra).
A separação por faixa etária chama ainda mais a atenção. Enquanto a maioria dos jovens entre 16 e 24 anos (53%) discorda deste lema e 42% concorda, o cenário muda entre o público com 60 anos ou mais (65% são favoráveis e 30% contra).
Também há essa variação a depender da cor da pele dos entrevistados. Entre os brancos, 53% acham que bandido deve ser morto e 41% são contra. Já entre os negros, 50% discordam e 44% concordam com a morte de criminosos.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública avalia o resultado da pesquisa geral positivo, já que metade é contra essa afirmação. Portanto, para a entidade, há espaço para construção de políticas públicas. Uma das mudanças possíveis seria na cultura de enfrentamento de criminosos de forma violenta.
Para a instituição, a ideia de “bandido bom é bandido morto” fomenta a letalidade nas ações policiais. A Tarde
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