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- 18/02/2016
- redacao
A jornalista Miriam Dutra, que manteve um relacionamento extraconjugal com Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o ex-presidente usou uma empresa no exterior para lhe fazer pagamentos mensais. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse que o político elaborou um contrato fictício de trabalho, assinado em dezembro de 2002 e com validade até dezembro de 2006, que garantia a transferência de US$ 3 mil por mês durante o período. No acordo, a Eurotrade Ltd., empresa da Brasif S.A. Exportação e Importação, contrata Miriam para “serviços de acompanhamento e análise do mercado de vendas a varejo a viajantes”, pesquisando “tanto em lojas convencionais como em duty free shops e tax free shops” em países da Europa. No entanto, ela garante que nunca foi a uma loja convencional ou a um duty free para trabalhar. FHC e Miriam mantiveram um relacionamento extraconjugal por seis anos entre as décadas de 80 e 90. No período, ela ficou grávida e o ex-presidente reconheceu a paterniadade de Tomás Dutra, apesar de um exame de DNA realizado entre eles em 2011 dar negativo. A jornalista explica que o dinheiro enviado na verdade não vinha das contas da Basif, mas sim do próprio FHC. “Ele me contou que depositou US$ 100 mil na conta da Brasif no exterior, para a empresa fazer o contrato e ir me pagando por mês, como um contrato normal. O dinheiro não saiu dos cofres da Brasif e sim do bolso do FHC”, relatou Miriam à Folha de S. Paulo.
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