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- 27/04/2016
- redacao
por Francis Juliano
O prefeito de Mirante, Hélio Ramos Silva (PMDB), secretários da gestão e a primeira dama, são interrogados na manhã desta terça-feira (20) por suspeita de participarem de um esquema de fraudes em licitações no município. A operação “Belvedere”, sinônimo de Mirante, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria Geral da União e o Ministério Público Federal. Segundo o chefe Adjunto da CGU, Ronaldo Machado, o esquema iniciado em 2009, no primeiro mandato de Hélio, teria desviado em torno de R$ 4 milhões. As licitações envolviam obras em geral e contratos de locação de máquinas e equipamentos, muitas usadas para manutenção de estradas. Os acusados também teriam praticado desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro em benefício do prefeito. De acordo com a PF, o esquema era feito da seguinte maneira: o prefeito e o presidente da Comissão de Licitação formalizavam o processo com o objetivo de direcionar o certame para que uma das empresas já consignadas na organização criminosa saísse vencedora. Essa empresa, através de sócio representante, aceitava participar da simulação e repartir os recursos públicos repassados para ela. Por fim, Hélio Ramos “administrava” as transferências através de uma conta corrente de um servidor municipal para não atrair a atenção de autoridades. Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, bloqueio e sequestro de bens e valores de R$1.095.000,00, 11 mandados de condução coercitiva, além de seis mandados de suspensão do exercício da função pública, incluindo o próprio prefeito de Mirante, já afastado pela Justiça, a primeira dama e outros servidores públicos ligados ao esquema, nas cidades de Mirante, Livramento de Nossa Senhora, Bom Jesus da Serra, Poções, Planalto e Feira de Santana.
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