O município de Itacáré situado no sul da Bahia estará completando nesta quinta-feira, dia 26 de janeiro, 285 anos de emancipação política administrativa.Itacaré tem suas origens mais remotas em uma aldeia indígena que vivia da caça, pesca e agricultura de subsistência. Nesta região a colonização portuguesa teve início por volta de 1530, com a implantação das capitanias hereditárias. Os portugueses trouxeram consigo os Jesuítas que tinham como um de seus objetivos a demarcação de terras.
Imagens de Itacaré antigo cedidas pela família Isaac Soares
Por volta do ano de 1720, o Jesuíta Luis da Grã ergueu uma capela sob a invocação de São Miguel, batizando a população com o nome de São Miguel da Barra do Rio de Contas. Ainda assim, o povoado só se tornaria um município em 1732, por obra e graça da Condessa do Resende – Dona Maria Athaíde e Castro. A Condessa era a donatária da capitania de Ilhéus e, em 26 de janeiro, elevou Itacaré à categoria de município.
Imagens de Itacaré antigo cedidas pela família Issac Soares
Os principais monumentos históricos de Itacaré são a Casa dos Jesuítas e a Igreja Matriz (1723), primeiro bem oficialmente tombado pelo Instituto do Patrimônio Ambiental e Cultural da Bahia (IPAC). Com quase 300 anos a igreja de Itacaré, cujo padroeiro é São Miguel Arcanjo, dispõe de oratório rococó, com imagens de São Miguel, São Sebastião, Santo Antônio e Senhor dos Passos. Em alvenaria mista, a edificação tem capela-mor com sacristia, andar superior com coro, galeria e sala do consistório. O município ainda preserva sobrados e casarões transformados em pousadas e casas comerciais, alguns preservados e que valem uma visita. Contam os mais antigos que, durante o período de colonização, os indígenas que aqui viveram (gueréns e tupiniquins) atacavam constantemente moradores e jesuítas. Foi por isso que os padres decidiram construir um túnel ligando a Igreja e a Casa dos Jesuítas, por onde fugiam das perseguições, embrenhando-se pelas matas.
O primeiro Prefeito Municipal (Intendente, como era chamado na época) foi Joaquim Vieira dos Santos, que comandou Itacaré entre os anos de 1890 e 1893.
A base econômica, não só do município de Itacaré, como da região sul da Bahia era a produção de cacau. Seu porto era um dos principais pontos de escoamento da produção agrícola do estado e, durante muitas décadas, os grandes senhores do cacau ditaram as regras e produziram a riqueza. Em meados dos anos 70, quando a vassoura de bruxa – praga que ataca as lavouras de cacau – chegou por aqui, começamos a assistir ao declínio e empobrecimento de toda a região. Enquanto se desenvolve a alternativa do cacauhíbrido o povo itacareense, valente e resistente, vai também vislumbrando e planejando um novo caminho para o desenvolvimento: o turismo sustentável.
POR QUE “ITACARÉ”?
O significado da palavra Itacaré ainda hoje causa algumas dúvidas; uns dizem que é “Pedra Redonda”; outros que é “Pedra Bonita”. Uma pesquisa junto à Biblioteca Central da Universidade Federal da Bahia. O resultado dessa pesquisa diz que a palavra Itacaré é formada por: “itacá” (rio ruidoso) e “ré” (diferente). Assim, Itacaré significaria “rio de ruído diferente”.
De acordo com a informações da Assessoria de Imprensa, a prefeitura elaborou uma vasta programação que envolve, alvorada, Missa solene, campeonatos esportivos, apresentações culturais além dos shows musicais com as bandas Amassa, Bim Bahia, Adão Negro e a dupla Thaine e Tainá.
Às 15 horas acontecerá o desfile da Fanfarra Municipal de Itacaré e às 18 horas acontecerá a apresentação do Terno de Reis. Os shows musicais começam às 18h30min, na avenida Castro Alves, na orla do centro da cidade, com a apresentação das bandas Amassa, Bim Bahia, Adão Negro e a dupla Thaine e Tainá. O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, informou que apesar de todas as dificuldades, o município não poderia deixar de comemorar essa importante data, motivo de orgulho para todos os itacareenses. (jornaltribunadaregiao.com.br)
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