Troca de socos entre os deputados estaduais Eduardo Salles (PP) e Marcell Moraes (PV),
O plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi palco de uma troca de socos entre os deputados estaduais Eduardo Salles (PP) e Marcell Moraes (PV), na tarde desta quarta-feira (3). De acordo com relatos dos próprios parlamentares, envolvidos pelo Bahia Notícias, o imbróglio começou com uma troca de agressões verbais e, depois, evoluiu para as vias de fato. A briga começou quando Salles chegou ao plenário da Casa para a sessão e foi alfinetado por Moraes, que o chamou de deputado “faltoso”.
Irritado, o progressista pediu questão de ordem para rebater as declarações do colega, mas não conseguiu discursar na tribuna, pois, ao fim da fala de Targino Machado (PPS), a sessão acabou. Conforme Salles, Moraes chegou ao ouvido de Targino e pediu para que ele alongasse seu discurso e, com isso, não houvesse tempo para ele se defender. “Ele foi ao ouvido do deputado Targino e pediu para que ele continuasse falando porque só faltavam um minuto para terminar a sessão. A sessão acabou, e eu não consegui falar.
Quando a sessão acabou, eu e o deputado Marcell tivemos uma discussão mais ríspida. Ele estava ofendendo demais deputados da Casa como deputados faltosos. Eu tive, em 2016, 88% de presença. Em 2017, estou com 92%. Eu sou um deputado atuante e presença. Ele não é atuante e é ausente”, rebateu. Salles negou que tivesse ocorrido qualquer tipo de agressão física. Entretanto, Moraes contou uma versão diferente.
Disse que foi “enforcado por trás” pelo colega. A discussão teria ficado ainda mais séria quando o “defensor dos animais” mencionou uma questão da vida pessoal do progressista, o que teria provocado a ira dele. “Quando ele fez isso [enforcou], o deputado Targino empurrou ele e ele saiu tropeçando”, afirmou. Moraes também informou que, na próxima semana, vai ingressar com uma representação no Conselho de Ética da AL-BA, contra Salles, por quebra de decoro parlamentar.
“Vamos pedir a filmagem para a TV Assembleia para comprovar a agressão desnecessária. Agredir fisicamente é a prova que o deputado não está preparado para estar aqui dentro. Na Tribuna e no Parlamento, não é o lugar de agressão. Ele é um covarde. É falta de decoro mentir publicamente e agredir o colega. Diga-se de passagem, seu mandato é um mandato pífio”, bradou. Já por parte de Salles, parece não ter ficado mágoa. É o que ele assegura, pelo menos. “Tudo na minha vida eu resolvo na hora. Não fico com ressentimento nenhum. Acho que ele não foi correto. Ele me deve um pedido de desculpas”, declarou.