BANDIDOS CONFESSAM EXECUÇÃO DO CIGANO SEQUESTRADO EM ILHÉUS; QUADRILHA RECEBEU R$ 500 MIL
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  • 05/09/2017 
  • redacao

 

A Polícia Civil prendeu parte da quadrilha que sequestrou, no dia 8 de agosto, no Iguape, em Ilhéus, o cigano Iranildo Goma Queiroz. Entre os acusados de envolvimento no crime, estão os irmãos ciganos Pascoal Ribeiro Dantas e Luciano Ribeiro Dantas, além de Elquizedek Mascarenhas Gomes, André Luís Carvalho, o “André Goiano”, Anderson Santos Webe, “Leo”, Adilson Pimentel Dantas, “Lobato” e Girlene Souza Nascimento.

Girlene Souza foi detida em uma agência bancária em Cuiabá, no Mato Grosso, quando tentava sacar R$ 150 mil referentes a uma parte do dinheiro do resgate. Além dela, estão presos Elquizedek Mascarenhas, Anderson  Weber, o “Leo”, e os irmãos Pascoal e Luciano Dantas.

 

Elquizedek e Weber estão presos pelo crime

De acordo com a polícia, os sequestradores chegaram a exigir o pagamento de R$ 5 milhões, mas aceitaram  R$ 500 mil para libertar o cigano. O pagamento foi feito na manhã do dia 18 de agosto, em Salvador, mas os bandidos não cumpriram o combinado, que era soltar a vítima assim que recebessem o dinheiro.

Enquanto os familiares negociavam com os bandidos, os policiais civis tentavam localizar o cativeiro onde estava Iranildo Queiroz. No dia 11 de agosto descobriram que os sequestradores tinham alugado uma casa no bairro São Domingos, em Ilhéus. No imóvel, os policiais encontraram munições de fuzil, uma camisa preta com nome da Polícia Civil, semelhante à usada por um dos criminosos. O homem responsável pelo aluguel se identificou como Lucas Lima Santos.

Armas apreendidas pela polícia

A CASA CAIU

No dia 21, policiais do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) prenderam, na Região Metropolitana de Salvador, Elquizedek Mascarenhas Gomes, que usava documento falso em nome de Lucas Lima Santos e, com o suspeito, foi encontrado o recibo do aluguel do imóvel em Ilhéus. Mascarenhas negou participação no crime, mas a companheira dele apontou o envolvimento de Anderson Santos Weber, “Leo”.

 

André Goiano, Ubaitaba e Adilson são procurados

Com o avanço das investigações, os policiais descobriram a participação de mais pessoas no crime e prenderam, em Vitória da Conquista, os irmãos Pascoel e Luciano Dantas, no dia 24 de agosto. Neste mesmo dia, em um imóvel pertencente aos dois, foram apreendidos pistolas 380, 3 revólveres calibre, e munições, além de aparelhos celulares e documentos relacionado à investigação.

Também no dia 24 de agosto Léo foi preso, confessou participação no crime e disse que a vítima teria sido executada logo depois do pagamento de parte do resgate.

PROCURADOS

Outros quatro envolvidos no sequestro já foram identificados e estão com mandado de prisão em aberto. São eles Adilson Pimentel Dantas, o “Lobato”, André Luís Carvalho, o “André Goiano”, integrante do PCC, e um homem apelidado de “Ubaitaba”.

André Goiano tem passagens pela polícia por assalto a banco. Está foragido do sistema prisional e, de acordo com as investigações, atuou como organizador e elo dos ciganos mandantes. Foi também o negociador dos sequestradores na exigência do resgate.

Um adolescente também foi identificado, em Salvador, como participante do crime e está sendo procurado. “Outras pessoas estão sendo investigada como partícipes, pois forneceram cartões de crédito para despesas e contas correntes para movimentação de valores obtidos com o resgate pago”, explicou o delegado Evy Patesnostro.

COMO FOI

Na tarde de 8 de agosto de 2017, o cigano Iranildo Gama Queiroz, foi levado de um bar, no bairro Iguape, em Ilhéus, por homens fortemente armados, que chegaram em diversos veículos. O grupo trajava camisas pretas com inscrições pintadas em branco com o nome “Polícia Civil”.

O grupo fugiu em direção à região da Península de Maraú e poucas horas depois a polícia conseguiu apreender três carros utilizados na ação: uma picape Fiat Toro, cor branca, um Palio, cor cinza, e um Ecosport, cor branca.

A ação, batizada de Operação Marujo, conduzida pela equipe da 7ª Coorpin/Ilhéus contou com o apoio de equipes do Draco, Superintendência de Inteligência (SI/SSP), além do suporte do Ministério Público e 2ª Vara Crime, de Ilhéus.