NOVEMBRO AZUL: CONHEÇA A DOENÇA MAIS COMUM DA PRÓSTATA
  • 2.145
  • 0
  • 16/11/2017 
  • redacao

muti.mt.gov.br

O mês de novembro é internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde do homem, por meio da Campanha Novembro Azul. No entanto, a doença mais comum da próstata não é o câncer, e sim a Hiperplasia Benigna da Próstata (HPB), que pode atingir até 80% dos homens com mais de 50 anos, cerca de 14 milhões de brasileiros.

Exclusivamente masculina, a próstata é uma glândula pequena (em formato de noz) localizada logo abaixo da bexiga e responsável pela produção do sêmen. A HPB provoca o crescimento anormal da glândula, o que pode comprimir a bexiga e obstruir a uretra, prejudicando o fluxo normal da urina e afetando a qualidade de vida do paciente.

Doença mais comum

“Quando a próstata está muito grande e/ou a bexiga está sem funcionamento adequado, o paciente pode apresentar dificuldade ao urinar, jato fraco de urina, urgência e frequência para urinar, principalmente à noite. São sintomas corriqueiros que impactam na qualidade do sono e da vida”, explica o urologista Gustavo Wanderley, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco. “Muitos pacientes se assustam, pensando que pode se tratar de câncer. A HPB é uma doença que prejudica a vida, porém tem tratamento medicamentoso e nos casos cirúrgicos já dispomos de uma série de tecnologias pouco invasivas para a resolução da doença, como por exemplo, o tratamento com laser”, comenta o especialista.

Tratamento

Casos leves de hiperplasia prostática são tratados com medicamento, mas cerca de 30% dos pacientes podem precisar de cirurgia para a redução da próstata. O procedimento pode ser tradicional – de ressecção transuretral (RTU) para retirada do excesso de tecido da próstata pela uretra – ou a laser, que vaporiza a próstata de forma minimamente invasiva, removendo o tecido.

Enquanto o método cirúrgico convencional exige internação geralmente de 3 a 4 dias, repouso de mais de 30 dias no pós-operatório e apresenta maior risco de sangramento, o laser verde precisa de internação de 12 a 24 horas, repouso relativo de uma semana e com pequeno risco de sangramento.

De acordo com o urologista, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de Pernambuco, a disponibilidade do tratamento com laser verde é ainda um avanço para pacientes com doenças do coração – condição comum nesta faixa etária – que precisam utilizar drogas anticoagulantes e antes tinham poucas alternativas de cirurgia. “O tratamento com laser verde tem melhorado a vida de pacientes com HPB, pois minimiza os riscos, reduz o tempo de internação e recuperação quando comparado à cirurgia tradicional”, explica.

O tratamento já é realizado em alguns hospitais no Brasil e está disponível em 15 cidades brasileiras. Na maioria dos centros dos EUA e Europa o tratamento já é rotina. Este novo método já é aceito por alguns planos de saúde e, por apresentar boa relação de custo benefício, tem grandes chances de se estabelecer no Brasil.

Andrea Salmeron
Agência NoAr
(11) 3170 3094
(11) 99504 8790