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- 02/01/2018
- redacao
Especialista do Hospital 9 de Julho tira dúvidas comuns dos pacientes sobre a doença que atinge o cérebro e pode matar em questão de segundos
São Paulo, dezembro de 2017 – Uma doença assintomática que pode ser fatal, assim se caracteriza o aneurisma cerebral, uma dilatação dos vasos sanguíneos que atinge dois em cada 100 brasileiros. O Dr. André Bianco, neurocirurgião do Centro da Dor e Neurologia do Hospital 9 de Julho, explica que o rompimento dessa bolsa pode ser fatal. “A ruptura dessa bolsa pode levar a morte, mas existem casos em que o aneurisma pode ser descoberto antes de se romper” ressalta o especialista.
A doença não costuma gerar sintomas antes da ruptura, mas em alguns casos, os pacientes podem apresentar dores intensas na cabeça e no rosto. O Dr. Bianco explica que, caso se rompa, ela pode ser tratada cirurgicamente. “Durante o procedimento fazemos uma abertura no crânio, para retirar o sangramento e colocar um tipo de clipes na dilatação” ressalta o médico que também sugere o cateterismo como outra opção de tratamento. Genética, hipertensão arterial e tabagismo estão entre os principais fatores de risco para o aparecimento de aneurismas.
Para tirar as principais dúvidas sobre a doença, o médico explica como ela funciona e algumas curiosidades. Confira!
O que é um aneurisma? Qual o risco quando é cerebral?
O aneurisma cerebral é uma dilatação dos vasos sanguíneos que faz com que as paredes das artérias fiquem mais finas e sensíveis, como uma bolha que pode estourar a qualquer momento e gerar uma hemorragia.
Tenho casos de aneurisma na família, devo me preocupar?
Sim. O fator genético está entre os principais responsáveis pelo desenvolvimento do aneurisma. O Dr. Bianco sugere uma avaliação com um neurologista sempre que ocorrer a primeira dor de cabeça intensa para facilitar a identificação precoce da doença. “Quando identificado, o aneurisma deve ser avaliado para definição do procedimento terapêutico, que pode envolver cirurgias ou nāo”, explica.
Existem vários tipos de aneurisma?
A maioria dos aneurismas são os classificados como “verdadeiros” e existem também os chamados traumáticos e os micóticos (acontecem depois de alguma infecção). A gravidade da doença é em decorrência do risco de sangramento que está relacionado com a forma, localização e tamanho do aneurisma. Aneurismas irregulares com lobulações apresentam maior risco de sangramento que os aneurismas regulares e uniformes.
Aneurismas pequenos não sangram?
Eles podem sangrar sim. A forma do aneurisma tem mais relação com o risco de sangramento do que o seu tamanho. A probabilidade do sangramento é maior quando o aneurisma apresenta ondulações, bicos e outras irregularidades.
Quando os sintomas do aneurisma aparecem, pode ser tarde demais?
Algumas vezes, sim. Segundo o Dr. Bianco, isso acontece em 50% dos casos em que os sintomas aparecem sem chances de cura.
Como tentar prevenir o problema?
Para o diagnóstico, é feito uma série de exames de angiografia, angiotomografia e angioressonância magnética que determinam a localização, forma e aspecto do aneurisma, o que permite ao médico identificar o potencial de sangramento e definir a melhor conduta para tratar a doença.
O Dr. Bianco ressalta que a idade também tem relação com o surgimento de aneurismas. “O grupo de risco são adultos fumantes e hipertensos” afirma o especialista.
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