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- 13/11/2014
- redacao
O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, informou nesta quarta-feira, 12, que 15 ministros, inclusive ele mesmo, já apresentaram uma carta colocando o cargo à disposição da presidente Dilma Rousseff. Na avaliação de Mercadante, o gesto é meramente “diplomático” e de “agradecimento” por ter participado do atual governo. “É uma formalidade, foi uma sugestão minha, faz quem quiser”, disse o ministro, em coletiva de imprensa concedida no Palácio do Planalto. “É um gesto de gentileza, e não tem prazo, não. O governo vai até 31 de dezembro. É uma forma de demonstrar publicamente esse espírito que foi a campanha da presidente Dilma: equipe nova e um governo novo”.
Na tentativa de neutralizar a saída de Marta Suplicy do Ministério da Cultura, Mercadante pediu a todos os ministros que entreguem suas cartas de demissão até a próxima terça-feira, quando a presidente retornará de sua viagem à Austrália. A ideia inicial era que a entrega dos cargos à presidente ocorresse de forma conjunta, no próprio dia 18, como forma de indicar que a equipe deixava a presidente à vontade para compor um novo time no segundo mandato.
A atitude de Marta, porém, surpreendeu o Palácio do Planalto e obrigou o governo a antecipar o processo de saída coletiva. De acordo com Mercadante, a maioria dos ministros se manifestou “totalmente favorável” à ideia. “Quais as cartas que chegaram eu não vi. Toda hora está chegando. Os que não quiserem não precisa, não é obrigatório.” Mercadante destacou que não há ordem para os colegas entregarem as cartas e que a presidente fará a “reforma que deve fazer na hora que deve fazer”. “Ela tem a total liberdade (de mudar a equipe), pode trocar o ministro que quiser na hora que achar oportuno”, afirmou o ministro.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse que entregou anteontem sua carta de demissão ao Palácio do Planalto. “Esse é um procedimento natural de um governo de transição. É natural que os ministros deixem a presidenta à vontade para montar o seu ministério para o segundo mandato. Isso é parte da democracia e considero isso um fato altamente positivo”, comentou Borges. Os ministros da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, e da Ciência e Tecnologia, Clelio Campolina, já entregaram a carta. ( O Estadão)
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