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- 19/01/2019
- redacao
“Eu senti que estava em extinção. Estar tão perto da morte me fez sentir assim”. A frase foi dita há cinco meses, em junho de 2018, pelo músico Marcelo Yuka, ex-baterista e fundador do grupo O Rappa que morreu nesta sexta feira (18), no Rio de Janeiro, aos 53 anos. A fala antiga ilustra a saúde frágil do artista que vivia em hospitais e estava internado em estado grave em decorrência de um derrame cerebral que sofreu em agosto de 2018. Autor de sucessos como ‘Minha Alma (A Paz que Eu Não Quero)’, ‘Pescador de Ilusões’ e ‘Me Deixa’, Yuka se tornou paraplégico desde que levou nove tiros durante um assalto, em 2000. O músico chegou a ficar internado por mais de um ano, em 2017, sendo oito meses sem sair da cama. Os momentos difíceis o fizeram considerar desistir da carreira e da vida, mas Yuka decidiu não pensar na dor que sentia 24 horas por dia, nem guardar rancor do que o destino reservou para ele. Ao apresentador Pedro Bial, disse que a sensação de ter estado tão perto da morte, no último período em que esteve internado, o fez repensar o presente. “Eu senti que estava em extinção. Estar tão perto da morte me fez sentir assim: ‘Eu sou o último de mim. Eu não tenho filhos’. Esse impacto teve um lado bom, que fez eu me prender a coisas essenciais como a amizade”, refletiu na época.
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