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- 06/08/2019
- redacao
Uma garota de 12 anos morreu, na segunda-feira (5), 14 dias depois ter sido picada por uma cobra em Camacan. Ela foi picada no dia 22 de julho, recebeu atendimento médico e foi liberada. Quatro dias depois, a menina passou mal novamente, foi internada, mas não resistiu.
De acordo com a família da menina, Pamela Costa Gomes foi picada quando brincava na casa de uma amiga, na rua Renato Cabral, no centro de Camacan. O animal que picou a menina foi capturada. “Ela morava em Porto Seguro com a mãe, mas estava de férias e veio passar uns dias comigo [em Camacan]. Quando estava na casa da amiguinha, brincando, foi picada”, contou o pai de Pamela, Manoel Gomes Souza.
Ele contou que após o acidente, no dia 22 de julho, a levou para a Fundação Hospitalar de Camacan, mas que na unidade não tinha o soro antiofídico usado em casos de picadas de animais peçonhentos. O homem disse ainda que a sua única filha tomou soro comum por cerca de 1h30min e, em seguida, foi liberada.
“O médico pediu ambulância para levar ela para Itabuna. Fez o encaminhamento e, quando ele falou que ia para Itabuna, eu vim em casa, peguei roupas para mim e para ela e voltei para o hospital. Quando voltei, o médico pediu para esperar um pouco. Ele achou a cobra pequena e disse que o animal fez um risco no pé dela. Ele [o médico] viu que ela já estava melhor e achou que não precisava ir para Itabuna”, contou Manoel.
ALEGAÇÕES DO HOSPITAL
Por meio de nota, o hospital informou que Pamela recebeu atendimento básico necessário para o caso. Disse que a unidade de saúde solicitou o soro antiofídico ao município, que tem total responsabilidade de armazenamento do mesmo, mas que na ausência do soro, houve o acionamento de transporte para transferência.
Alegou também que houve uma negociação entre familiares e responsável médico para manter a paciente em observação na instituição. A paciente teria recebido alta hospitalar após ausência de sintomas, apresentando apenas edema no membro inferior esquerdo. A unidade de saúde disse ainda que está à disposição para sanar possíveis dúvidas sobre o caso.
Quatro dias após ser picada e já de alta hospitalar, no dia 26 de julho, a menina passou mal em casa, e o pé esquerdo, onde a cobra picou, passou a inchar. Diante da piora médica da criança, a família a levou novamente para o hospital em Camacan, onde ela foi medicada.
POLÍCIA INVESTIGA O CASO
Entretanto, segundo o pai, depois de perceber que a menina não estava bem, ele disse que decidiu levar a filha para o Hospital Manoel Novaes, em Itabuna. “Ela dizia que não sentia nada, só ficava com a perna inchada. Quando foi no dia 26, já na madrugada de sábado, ela passou mal. Quando chegou lá [no hospital], não estava reagindo bem. Pedi o encaminhamento do médico para levar para Itabuna”, contou Manoel.
Após em chegar na unidade de Itabuna, a menina foi encaminhada para UTI, onde ficou internada até a última segunda-feira, quando morreu. O corpo de Pamela foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica de Itabuna (DPT), e a causa da morte só será definida após laudo do departamento.
O enterro da garota está previsto para às 9h de quarta-feira (7), em Camacan. O pai da menina registrou o caso na delegacia da cidade, que investiga o caso. As informações são do G1.
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