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- 29/11/2014
- redacao
De acordo com o “Boletim Epidemiológico HIV-Aids”, do Departamento de DST e Aids do Ministério da Saúde de 2013 estima-se que aproximadamente 718 mil indivíduos vivam com o HIV/aids no Brasil. Nos últimos 10 anos (2003 a 2012) as maiores taxas de detecção de aids foram observadas entre aqueles com 30 a 49 anos. Entretanto, foi apresentada uma tendência de aumento nas taxas de detecção entre os jovens de 15 a 24 anos e entre os adultos com 50 anos ou mais.
O ritmo de progressão da doença entre os idosos é preocupante afirma a presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Maria Angélica Sanchez. A especialista alerta para a importância de se desenvolver campanhas de prevenção da DST/Aids voltadas para esse público. “Estamos diante de uma nova geração de idosos, muito mais ativos sexualmente, mas a escassez da inclusão desse grupo etário em campanhas de prevenção faz com que as pessoas se sintam à margem dos riscos de serem contaminadas pelo HIV, o que sustenta comportamentos inapropriados”.
Para a gerontóloga manter o debate sobre a sexualidade na velhice é fundamental no processo de contenção da disseminação do HIV na população acima dos 60 anos de idade. Neste sentido, instituir políticas públicas de conscientização do controle das DSTs, doenças sexualmente transmissíveis, focadas neste grupo etário é fundamental. Para Angélica, as campanhas devem incentivar desde o uso do preservativo até o acompanhamento médico em casos de comportamento de risco. A ausência de discussão aberta e franca sobre a sexualidade durante o envelhecimento faz da Aids uma epidemia silenciosa na população acima dos 50 anos de idade em todo o mundo.
A situação assume contornos de problema de saúde pública e, para os especialistas, é muito nítida a falta de políticas governamentais de prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis (DST) que abriguem as necessidades desse grupo.
Mortalidade
O perfil de mortalidade por aids segundo faixa etária mostra que houve redução nos últimos 10 anos em diversos grupos etários, principalmente entre os mais jovens. Entretanto, algumas das faixas apresentaram aumento, destacam-se a de 55 a 59 anos e a de 60 anos ou mais que apresentaram crescimento de de 22,7% e 33,3%, respectivamente.
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