ENXAQUECA OFTÁLMICA PROVOCA DORES E ATÉ PERDA DA VISÃO
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  • 09/12/2014 
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Popularmente conhecida como dor de cabeça, a cefaleia apesar de parecer uma doença simples, é tão complexa que já se tornou objeto de estudo de várias especialidades, entre as quais a neurologia, oftalmologia, psicologia, entre outros. Por esse motivo, é preciso atenção para alguns detalhes que fazem a diferença na hora de procurar ajuda médica, principalmente quando ela se apresenta de forma intensa e constante. A enxaqueca oftálmica, por exemplo, também chamada de Migrânea Retiniana, é uma forma de enxaqueca complicada em que há perda momentânea da visão ou de parte dela, geralmente em um dos olhos, e que pode durar minutos, horas, dias, ou eventualmente tornar-se perene. A teoria mais aceita para o seu surgimento, de acordo com o neuro-oftalmologista Dr. Laudo Costa Júnior (CRM 17640), do Hospital DayHORC, é de que ocorre um fenômeno de contração de um vaso sanguíneo seguido de perda do abastecimento sanguíneo de parte do tecido retiniano. “Importante não confundir com a “aura” visual, que é um fenômeno de visão de flashes luminosos e embaralhamento da visão periférica, geralmente dos lados da visão, que vai subindo e contornando o campo visual durante uns 5 a 10 minutos, quando ao final dá lugar a uma cefaleia forte com restauração da visão”, completou. E acrescenta que pelo fato dos sintomas visuais precederem a dor, isto serve de alerta para o paciente evitar a automedicação e procurar ajuda médica. “Os sintomas são claros: perda de parte da visão, na

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 forma de uma mancha escura, durante uma crise de cefaleia intensa. Mas ela pode também se apresentar de forma complicada, inclusive com paralisia de membros ou do movimento dos olhos e dores abdominais”. Tanto o oftalmologista quanto o neurologista devem estar envolvidos no diagnóstico, inclusive para descartar outras formas de perda de visão e cefaleia, assim orienta o especialista. E informa que o diagnóstico é eminentemente clínico, pela história contada pelo paciente. “Quanto ao tratamento, segue as vias do comum para a enxaqueca, adotando hábitos de vida saudáveis, como por exemplo, evitando alimentos específicos, álcool, cigarro, estresse, drogas e perfumes, que variam conforme o indivíduo, e também fazendo uso de medicamentos que devem ser tomados diariamente de maneira preventiva”, finalizou Dr. Laudo Costa Júnior, alertando os pacientes a sempre procurarem um oftalmologista ou neurologista ao identificar sintomas semelhantes.