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- 08/04/2022
- redacao
Revoltado com a abordagem de policiais militares durante uma blitz em Salvador, o médico infectologista, Roberto Badaró, enviou uma carta ao comandante-geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Paulo Coutinho, relatando uma situação ocorrida com ele e sua família e cobrando providências da entidade em relação ao caso.
De acordo com o relato de Badaró, ele e sua família foram parados uma blitz da PM, no último dia 5, na região do Canela, em Salvador. Na ocasião, segundo ele, os policiais agiram com “desrespeito à dignidade das pessoas e à integridade física e moral” dele e dos acompanhantes do veículos.
No documento, o infectologista acusa ainda os militares de agirem de forma violenta e “ameaçando a todo tempo a prática de atos de agressão física e ameaças contra nossas vidas”, inclusive com arma de fogo apontada para ele. Badaró diz também que os PM’s não solicitaram documentos pessoais, os fizeram descer do veículo, e partiram para uma “revista agressiva e violadora dos direitos básicos de um cidadão de bem”.
“Tenho absoluta certeza de que esta não deve ser a orientação do comando da Polícia Militar da Bahia, que, infelizmente, revela despreparo nas abordagens de rotina ou mesmo extraordinárias. O Estado não concede permissão a policiais militares para cometerem crimes contra os cidadãos de bem, sem qualquer motivo ou justificativa, apenas por terem o poder de portar armas de guerra”, diz um trecho da carta.
“Peço que determine a imediata apuração dos fatos aqui relatados, aplicando as normas disciplinares cabíveis que regem essa digna e respeitada Corporação, punindo, se for o caso, ou pelo menos que se retrate com as devidas desculpas, pelo evidente excesso e desrespeito, contra mim e contra minha família”, diz Badaró em outro trecho da carta. (Por: Eduardo Dias e Eliezer Santos)
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