PROFESSORA DA UESC VÍTIMA DE ABUSO SEXUAL EM VIAGEM COBRA AÇÕES DO ESATADO
  • 1.716
  • 0
  • 26/03/2015 
  • redacao
 Luana Rosário,  quer audiência pública para discutir a questão

Luana Rosário, quer audiência pública para discutir a questão

O caso de violência sexual contra a professora da Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), em Itabuna, Luana Rosário, ocorrido no início do mês, dentro de um ônibus, deve motivar uma audiência pública para discutir a questão. O fato ocorreu na madrugada do dia 9 de março, quando a docente viajava para Itabuna em um veículo da empresa Águia Branca. Depois de sofrer a agressão por volta das 3h da madrugada, Luana Rosário só conseguiu registrar a ocorrência em Itabuna somente horas depois. Na página que tem no Facebook, ela relatou avia crucis para tentar fazer valer a denúncia. Segundo ela, mesmo com a sensibilidade do motorista, ficou nítido o despreparo da empresa e das Polícias (Rodoviária Federal, Militar e Civil da Bahia) para lidar com o assunto. “Eles minimizaram completamente o caso em uma demonstração de despreparo para lidar com a violência contra a mulher”, declarou Luana em entrevista ao Bahia Notícias. De acordo com a docente, que leciona Direito Constitucional na Uesc, o caso da violência sexual em viagens de ônibus é mais corriqueiro do que se imagina. “Em todos os espaços que tenho falado sobre o caso, várias mulheres informaram que já passaram por isso, inclusive alunas minhas”, afirma. Luana diz que muitas mulheres evitam a denúncia pela “vulnerabilidade” e pelo medo da exposição. Nesta quinta, a professora protocolou pedido junto com a advogada Nélia Cerqueira (da OAB-Ba de Itabuna) para que o promotor do MP-BA da cidade, Alan Góes, instaure uma audiência pública. O objetivo é cobrar ações da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Políticas para as Mulheres para deter os crimes. “Essa audiência gera um documento jurídico de políticas públicas para mudar essa realidade lamentável em todas as esferas, o que passa por treinamento de policiais e funcionários das empresas”, argumenta. A docente diz que recebe apoios de instituições como a OAB-BA de Itabuna, Movimento Mulheres em Luta, Uesc e Marcha das Vadias, entre outros grupos da sociedade civil.