PRISÃO DE TESOUREIRO ATINGE COMANDO DO PT
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  • 16/04/2015 
  • redacao

PT-SIMBOLO

Na 12ª etapa da Operação Lava-Jato, desencadeada ontem, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi preso em São Paulo. O episódio traz constrangimento aos petistas e atinge o núcleo do poder do partido: o tesoureiro é o primeiro do alto escalão do PT a ser encarcerado. Além disso, amplia o desgaste do governo Dilma Rousseff porque, conforme as investigações, a atuação de Vaccari estaria ligada a arrecadação de recursos para campanhas eleitorais, como a de 2010. Após a prisão, o PT informou o afastamento do tesoureiro do cargo. Foram decisivos para a detenção do dirigente partidário, apontado como operador do esquema criminoso na Petrobras em favor do PT, o uso de uma gráfica para o recebimento de R$ 1,5 milhão em propinas e o que as autoridades chamam de reiteração criminosa – prática contínua de delitos –, devido ao seu envolvimento com irregularidades desde 2004. Como Vaccari teria atrelado familiares às operações, a sua mulher, Giselda Rousie de Lima, prestou depoimento em casa, e a cunhada, Marice Corrêa de Lima, teve expedido contra si mandado de prisão temporária por cinco dias, mas não foi localizada pela Polícia Federal na sua residência. A expectativa é de que se entregue nos próximos dias. Depois de preso, Vaccari – chamado de Moch por outros suspeitos pelo fato de sempre portar uma mochila – foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde ficará detido por prazo indeterminado. Quando os agentes chegaram à casa do petista para efetuar a prisão, ele trajava roupas esportivas e se preparava para uma caminhada matinal.