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- 10/08/2015
- redacao
Os frentistas deflagraram greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira, 10. De acordo com o presidente do sindicato da categoria (Sinposba), Antônio José dos Santos, o objetivo é parar 60% dos postos de combustíveis de Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Simões e Feira de Santana.
“Combinamos com o Ministério Público do Trabalho (MPT) de manter 40% (dos postos) funcionando. Então, vamos deixar em operação um posto por região”, explica o sindicalista.
Segundo ele, os trabalhadores estão há quatro meses em negociação com o patronato, mas sem chegar a um acordo. “Existe uma cláusula que diz que o empresário que descumprir a convenção (do sindicato da categoria) paga multa no valor de um piso salarial por infração. Eles querem tirar essa cláusula e não vamos legalizar a ilegalidade, tirando o direito do trabalhador”, reclama Santos.
Sindicato vai manter 40% dos postos funcionando (Foto: Juracy dos Anjos | Ag. A TARDE)
O presidente do Sindicato do Comércio de Combustíveis da Bahia (Sindicombustíveis-BA), José Augusto Costa, afirma que o patronato quer a manutenção da cláusula 48, mas reivindica a revisão no texto. “A cláusula é benéfica para o empresariado e o trabalhador. Mas queremos uma adequação para a realidade que vivemos. Do jeito que está tem penalizado alguns empresários”, diz.
De acordo com ele, alguns proprietários de postos que descumpriram a convenção trabalhista foram condenados pela Justiça a pagar altos valores de indenização com base na cláusula 48. Além disso, Costa alega que esta indenização trabalhista é paga ao Sinposba. “Não aceitamos a continuidade dessa cláusula abusiva, que vai condenar a morte 20 a 25% dos empresários”, afirma.
Ainda segundo ele, o patronato não vai ceder a greve dos trabalhadores, mesmo que o movimento aumente. Ele nega que 60% dos postos estejam parados. “(Mesmo que a greve impacte mais) nada vai mudar. Não temos como ceder mais”, afirma.
Além de pedir a revisão da cláusula 48, os empresários oferecem reajuste salarial de 9% e aumento de cerca de 15% no tíquete alimentação. Paula Pitta
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