COMO SABER SE SEU FILHO ESTÁ USANDO DROGAS ? (Por *Dra. Ana Café)
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  • 24/09/2015 
  • redacao

                             Dra Ana Café

                                             

                                           Psicóloga aponta os típicos disfarces do uso de entorpecentes na adolescência

A falta de conhecimento dos pais em torno do ritual e dos apetrechos utilizados para o uso de drogas faz com que eles só descubram tardiamente que o filho está em contato com entorpecentes. Na maioria das vezes isso só acontece de 3 a 4 anos depois do seu início. Quando os pais descobrem se sentem enganados e traídos por esses jovens, se sentem magoados achando  que o filho  deveria ter contado e que tinha toda liberdade pra isso.A questão é: Alguém tem liberdade para transgredir? Transgressão é transgressão.
São jovens testando a vida, a autoridade paterna e materna e a sua liberdade sem culpa.
Certos ou errados, cabe aos pais ensinar os princípios éticos e morais,  sem fechar os olhos, sem achar que eles não vão errar. Morremos de medo das crianças atravessar uma rua, por isso não podemos deixar nossas jovens-crianças atravessarem sozinhas essa estrada que vai da adolescência a fase adulta.Quantos de nós não DISFARÇAMOS na adolescência. Nossos filhos antes de estarem traindo os pais estão perdidos em si mesmos, tentando descobrir quem são, descobrir como devem ser e qual a melhor forma de ser.
Infelizmente temos diversos riscos pelo caminho, se eles vão tentar disfarçar, nós temos que tentar desmascarar e humanizar.Veja agora uma lista atitudes assumidas pelos filhos na fase em que já estão em contato com as drogas. São
informações importantes que podem ajudar os pais na educação dos seus filhos e a identificar o uso das drogas antes que a batalha esteja perdida. Educar é amar o amanhã. Não Disfarce, faça melhor Hoje:

Disfarces 
  • Tenta aparentar normalidade
  • Permanece fora de casa de duas a três horas até a onda passar
  • Evita encontrar os pais,
  • Desvia o olhar, não olha nos olhos
  • Dorme fora de casa para não dar bandeira
  • Telefonemas incompreensíveis, tudo é falado em gíria depois sai para dar um rolê
  • Boca seca ou saliva bastante espumosa no canto da boca, se pedir para cuspir não tem salivação
  • Ponta dos dedos amarelados e queimados (maconha)
  • Colocam ventiladores e janelas escancaradamente abertas para camuflar cheiros
  • Tapam as frestas das portas e colocam  pano na soleira.
  • Utilizam odores fortes para camuflar o cheiro:  perfumes, desodorantes,  spray e produtos de limpeza com cheiro forte, acendem  incensos, ou enchem o ar com fumaça de cigarro.
  • Ataques a geladeira, depois dormem pesadamente (maconha)
  • Distorção do senso de tempo e espaço
  • Geralmente o uso moderado de cocaína e outras drogas costumam passar despercebidos, pois os sintomas são menos  exuberantes que os da maconha;
  • O efeito da cocaína pode muita vezes ser confundido com o da bebida – checar o hálito
Material que pode ser encontrado com os filhos que são característicos de quem usa drogas
  • Isqueiros
  • Papel de seda “maricas”(cachimbos artesanais feitos com diferentes materiais e em diversas formas),
  • Caixinhas e recipientes plásticos usados para guardar as “pontas”,
  • “pilador”(espécie de socador para pressionar a maconha já enrolada dentro da seda),
  • Estojinho, saquinhos e pacotinhos com forte cheiro da maconha,
  • Apetrechos como espelhinho, gilete, canudos
  • Pequenos comprimidos ou drágeas,  restos de cogumelos (com cheiro de esterco), pequenos frascos.
  • Latas ou bisnagas de cola, frascos de lança-perfume, restos de sólidos ou nódoas em panos, lenços ou sacos plásticos.

 

* Dra. Ana Café
Ana Café é psicóloga clínica, graduada pela Universidade Estácio de Sá.
Possui especialização no Tratamento e prevenção dos Transtornos do Impulso e na prevenção do uso de drogas pela Faculdade Federal de Santa Catarina. É diretora do Núcleo Integrado Village. Capacitada pela Secretaria Especial de Prevenção às Drogas do Rio de Janeiro como Agente Multiplicador e formada pela Universidade de Havana na Reinserção social do paciente portador de transtornos mentais e emocionais.