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- 09/05/2017
- redacao
Laços afetivos com a mãe, mesmo ainda dentro do útero, podem influenciar na personalidade do filho na vida adulta
“Eu preparo uma canção pra que minha mãe se reconheça, todas as mães se reconheçam, que faça acordar os homens e adormecer as crianças.” É preciso buscar inspiração nos poetas para falar de mãe. Como falar da presença que ilumina sem ser piegas? Como não ser piegas diante do amor incondicional de uma mãe? Só os que não podem mais desfrutar da presença física delas sabem dizer do vazio desta falta.
Desde o momento em que fomos gerados, recebemos impressões, sentimentos e sensações de nossas mães. Esses registros podem estar repletos do néctar do amor ou da falta dele. Em ambos os casos deixará marcas, como uma impressão digital. O símbolo da palavra mãe vai além, muito além daquela que gera. Mãe é aquela que cuida, que acolhe, que ama. Embora não tenhamos lembranças conscientes da fase uterina e da primeira infância, guardamos na memória em forma de sensação sutil todas as emoções e sentimentos que chegaram através delas.
As outras pessoas, o pai, os avós, os irmãos, também exercem influência na vida do bebê, mas a relação mãe e filho é sem dúvida a mais marcante para o desenvolvimento do indivíduo. A falta de amor e conexão na infância pode resultar em adultos hostis, antissociais, gananciosos, inseguros e arrogantes. Indivíduos totalmente afastados do senso de cooperação e generosidade. São seres egoístas que buscam preencher a qualquer custo o buraco da falta. O processo do desenvolvimento no sentido da humanidade se dá na presença do amor.
A empatia de uma mãe para com seus filhos faz com que ela se coloque muitas vezes em seus lugares, de modo a compreendê-los nas diversas fases da vida: na infância, nos desafios da adolescência até a vida adulta. Amar incondicionalmente também significa ensinar os limites, o respeito ao próximo etc. A atitude emocional da mãe, que começa na gestação, será a base psíquica e emocional que orientará o indivíduo na vida adulta.
Estudos comprovam que crianças que se sentiram acolhidas e amadas por seus pais tendem a se tornar adultos cooperativos, autoconfiantes, emocionalmente capazes de transmitir a mesma amorosidade recebida. A autoimagem segura e apropriada que se inicia com o amor materno e paterno influenciarão o indivíduo pelo resto da vida. Essa é a base para os laços futuros com os outros seres humanos, com os outros seres vivos e com o sistema ecológico de modo geral.
“Eu distribuo um segredo, como quem ama ou sorri, no jeito mais natural: minha vida, nossas vidas, formam um só diamante.”
(*) Hilda Medeiros – Transformando Realidades Coach e terapeuta realiza atendimento presencial e on-line. Ministra palestras, workshops e treinamentos em todo o Brasil www.hildamedeiros.com.br
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