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- 29/06/2016
- redacao
A Bahia registrou 576 casos de estupro nos três primeiros meses de 2016, sendo 110 registrados em Salvador. Segundo informações do jornal A Tarde, em 2015, 2.549 ocorrências ocorreram em todo o estado, sendo 531 em Salvador, seguido de Feira de Santana (154), Ilhéus (76) e Porto Seguro (67). Entre as medidas para acolher as vítimas, está a Casa de Acolhimento à Mulher Irmã Dulce, inaugurada no último dia 16, que abriga as mulheres ameaçadas por até 15 dias. A capacidade máxima do espaço é de 30 pessoas. De acordo com Mônica Kalile, superintendente de Política para Mulheres, há um planejamento, desde 2014, para dobrar a capacidade de atendimento da rede. “Para 2017, vamos implantar mais dois centros de referência, no subúrbio e em Cajazeiras”, disse. Para ser atendida, a mulher deve fazer o boletim de ocorrência. O período de acolhimento é estabelecido para a saída do agressor da casa da vítima. “Caso isso não aconteça, ela é transferida para casas de abrigo do estado e serviço de proteção a vítimas”, afirma Mônica. Em âmbito estadual, a Secretaria de Política para Mulheres realiza, entre outras ações, o projeto-piloto Quem Ama Abraça – Fazendo Escola, como parte do Pacto de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. A campanha realiza ações de desconstrução das relações de gênero e do machismo. O projeto inclui a entrega de um manual para os professores e um gibi sobre a lei Maria da Penha para os alunos. Na etapa-piloto, 19 escolas de Salvador e região metropolitana foram visitadas, abrangendo diretamente 180 professores e 1.800 alunos. “Temos mais duas etapas, em que vamos atender 30 escolas e, depois, na outra fase, mais 27. A avaliação é positiva, pois provoca reflexão”, explicou a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Olívia Santana. Sobre o contingenciamento de recursos de 2016, a secretária aponta que a pasta tem “buscado superar e atravessar essa crise de forma criativa para atender às políticas públicas exigidas pelas mulheres”. Neste ano, o Programa de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, gerido pela secretaria, terá disponível apenas R$ 4,064 milhões, 44,64% do valor inicial previsto na dotação orçamentária, de R$ 9,162 milhões.
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