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- 01/08/2016
- redacao
por Edimário Duplat
Medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos 2012, o baiano Erlon Souza conseguiu uma vaga para os Jogos do Rio de Janeiro depois da conquista do ouro no Mundial de Canoagem em Milão ao lado do contemporâneo. Praticante do C2 1000m, o ubatense conversou com o Bahia Notícias pouco antes de desistir de disputar o evento-teste realizado para os Jogos Olímpicos de 2016 por falta de pagamento de salário, e falou um pouco da vaga olímpica, seu dia-a-dia como atleta e da expectativa para o crescimento da canoagem na Bahia.
Como foi a conquista no Mundial de Canoagem, que valeu a vaga para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016?
Treinamos bastante para esse Mundial, porque sabíamos que era ali que vinha a vaga para as Olímpiadas. Tinhamos que ficar entre os seis melhores e conforme eu e o Isaquias fomos remando nas eliminatórias e as semifinais, percebemos que tínhamos a possibilidade de lutar não só pela vaga quanto também pela medalha de ouro. E foi o que aconteceu, pois conseguimos a classificação e o ouro.
E como acontece hoje a sua preparação para os torneios?
Hoje eu faço represento o Clube Atlético Paulistano, mas treino em Lagoa Santa (MG) com a Seleção Brasileira. Atualmente meu ciclo de treinamentos é focado em cada campeonato que vamos disputar, então por isso não é nada definido. De acordo com a competição, o nosso treinador (o espanhol Jésus Morlán) determina o ritmo das remadas e o treinamento físico que fazemos.
E em relação aos Jogos, quando se inicia o treinamento visando as Olimpíadas do Rio de Janeiro?
Ainda não estamos pensando nisso, porque temos outros campeonatos a disputar no ano, como o Campeonato Brasileiro e o Aquece Rio. Depois do final do calendário, nós vamos iniciar a rotina de treinos nos Jogos Olímpicos.
Poderia falar um pouco da sua história na Canoagem?
Bem, eu comecei com 14 anos na minha cidade (Ubatã), no programa Segundo Tempo do Governo Federal. Poderia escolher entre futebol, vôlei e canoagem, mas como gostava de água eu preferi esse esporte. Logo depois, fui vice-campeão baiano e de lá para cá consegui várias conquistas. Fui ouro nos Sul-Americanos de Medellin e Santiago, prata no Pan de Guadalaraja e no de Toronto. Além disso, consegui vaga para 2012 (Londres).
Você só disputa provas em conjunto ou também tenta individual?
Hoje só em dupla e na modalidade que conquistei o ouro, o C2 1000m
Alguns atletas afirmam que o Pan de 2015 funcionou como um termômetro para os Jogos de 2016. Isso também aconteceu na canoagem?
Lógico que sim. É muito bom estar em um campeonato de alto nível, você sente o clima, as pessoas na disputa. Sem dúvida é algo único e te prepara para as Olimpíadas. Lá existiam muitos atletas de nível, mesmo sendo apenas um torneio das Américas. Além disso, todo o ambiente entusiasma bastante para 2016.
Em agosto, o Governo da Bahia anunciou a criação de um Centro de Canoagem na região das cidades como Ubatã e Ubaitaba. Poderia falar um pouco da importância da criação desse local?
É uma ótima notícia, porque estimula que mais e mais crianças pratiquem o esporte. A cidade já tem muitas pessoas que competem, mas precisam sair de lá para se profissionalizar. Agora, com melhor estrutura, poderemos ter mais e mais atletas baianos se destacando na canoagem.
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