VÍTIMAS DE SEQUETRO, JOVENS SÃO ASSASSINADOS NO RIO DE JANEIRO
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  • 15/10/2016 
  • redacao
Leandro Pinto Pereira de Oliveira, de 20 anos, foi encontrado morto ao lado do amigo Adriano Oliveira dos Santos, de 27.

Leandro Pinto Pereira de Oliveira, de 20 anos, foi encontrado morto ao lado do amigo Adriano Oliveira dos Santos, de 27.

“Hoje só quero que o dia termine bem”. Esta foi a última postagem de Leandro Pinto Pereira de Oliveira, de 20 anos, em seu perfil no Facebook. O jovem foi encontrado morto na tarde desta sexta-feira, ao lado, segundo a Polícia Civil, do amigo Adriano Oliveira dos Santos, de 27. Ambos eram moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e teriam sido vítimas de um sequestro na última quinta-feira. Sem o pagamento do resgate, foram assassinados e tiveram os corpos jogados num córrego em Barros Filho, Zona Norte do Rio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. Leandro trabalhava na loja da família com o pai, o comerciante Jorge Luís do Carmo de Oliveira, de 45 anos. Ele conta que o filho teria anunciado um telefone celular para venda num site e caído numa armadilha. Ao entregar o aparelho, em companhia do amigo Adriano, percebeu que se tratava de um assalto. Adriano era proprietário de uma loja de roupas e os bandidos teriam decidido sequestrá-los ao perceberem que ambos eram empresários. Segundo relatos de familiares de Adriano na página “Guadalupe News”, no Facebook, o resgate teria sido pedido em roupas. Ele era dono de uma loja de vestuário multimarcas. O próprio teria entrado em contato com um funcionário, pedindo que separasse o material e entregasse aos bandidos. No entanto, no ponto de encontro, em um restaurante na Pavuna, os criminosos foram surpreendidos pela presença de policiais. Um foi preso e o segundo conseguiu fugir, seguindo na direção do complexo do Chapadão. A emboscada teria motivado o assassinato dos jovens. — Esse é o Brasil, podre. O Rio está jogado às traças. Sem saúde, sem estudo, sem segurança, com policiais sem remuneração… o reflexo é esse. O governo só cobra, mas não faz nada. Enquanto não tivermos prisão perpétua ou pena de morte, nada disso vai mudar. E agora meu filho se torna apenas mais um dado de estatística — desabafou o pai de Leandro. (Extra)