SEM CABELOS, MULHERES COM CÂNCER UTILIZAM AS PRÓPRIAS CABEÇAS COMO TELAS DE PINTURA: ‘MUDANÇA NA MINHA VIDA’
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  • 25/10/2017 
  • redacao

Por G1 BA

Uma das pacientes que fazem parte da arteterapia do projeto Cabeças Pintadas na Bahia (Foto: Imagem/TV Bahia)

Um grupo de mulheres que fazem tratamento contra o câncer de mama e que integram o projeto “Cabeças Pintadas”, em Salvador, tem encontrando na arte uma forma de controlar a ansiedade, o estresse, aumentar a autoestima e enfrentar a doença.

Como consequência do tratamento, as mulheres perderam os cabelos e, para lidar com a situação, se transformaram em “telas vivas”, deixando que artistas façam pinturas nas cabeças delas.

A artista plástica Lilian Moraes, que faz a pintura nas pacientes, revela a importância de participar do projeto “Cabeças Pintadas”, como a criadora das “telas”. “Amor, acolhimento, carinho e a certeza de que é um momento, que isso vai passar. A pintura é uma massagem”, destacou.

Segundo a médica Renata Gangussu, que acompanha as pacientes do grupo, o colorido da arteterapia está ajudando no controle da ansiedade e do estresse provocados pela doença. “O câncer traz muitas emoções de ansiedade, medo, angústia e acaba que, através da arte, a pessoa consegue controlar esses sentimentos e enfrentar o câncer de forma mais tranquila”, explicou.

Kátia Cunha, que também é artista plástica, diz que, antes de ter o diagnóstico da doença, a prevensão contra o câncer de mama já era tema de suas esculturas. Ela diz que se sente bem em participar do grupo. “Eu me sinto muito feliz. É uma mudança na minha vida”, revelou.

A aposentada Ana Machon e a perita médica Maria Cléia dos Santos, que também integram o grupo, relataram que concordam com a opinião dos médicos sobre o efeito positivo de participar do projeto. “Para mim é um a honra me colocar como uma tela viva”, disse Ana. Maria Clélia completa: “Me sinto uma verdadeira modelo da melhor idade e fico cada dia mais feliz”.

Mulheres do projeto Cabeças Pintadas, em Salvador (Foto: Imagem/TV Bahia)

Câncer de mama

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos. Acima desta idade, sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.

A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis.

De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores. Alimentação, controle do peso e atividade física podem reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama.