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- 06/11/2014
- redacao
O governador de Roraima, Chico Rodrigues (PSB), teve o seu mandato cassado pela Corte do Tribunal Eleitoral Regional (TRE-RR) na noite de quarta-feira (5), após os juízes analisarem a representação da coligação ‘Pra Roraima voltar a ser feliz’ e do Partido Progressista (PP) que versa sobre crime eleitoral. A cassação se refere às eleições de 2010.
Na campanha houve gastos ilícitos durante a campanha eleitoral de 2010 por parte da chapa majoritária composta por José de Anchieta (PSDB), então candidato a governador e o vice, Chico Rodrigues, segundo o pleno do Tribunal.
A compra de grande quantidade de camisetas amarelas, a contratação de pessoal de forma irregular e o pagamento efetuado em espécie foram os principais pontos analisados. Clara Mota, Terezinha Muniz e Antônio Martins foram os juízes que votaram pela cassação. O juiz Jean Michetti e o corregedor Paulo César Menezes votaram contra.
De acordo com a relatora do processo, Clara Mota, a cassação surtirá efeito apenas após o julgamento dos embargos de declaração.
“Iremos aguardar a próxima etapa que será o julgamento dos embargos de declaração [recurso cabível], se houver. Nessa ocasião, poderá ser definida ainda a forma de preencher o cargo de governador que poderá ser por eleições indiretas ou pela posse do segundo colocado nas eleições de 2010, Neudo Campos e a então candidata a vice, Marília Pinto, como foi decidido pelo Pleno na sessão de hoje [quarta]”, disse a juíza.
Com relação a José de Anchieta, a maioria do Pleno não acompanhou a relatora Clara Mota e excluiu o ex-governador do processo, em razão de sua renúncia no dia 4 de abril de 2014 para concorrer ao cargo de senador.
Governo
A assessoria de comunicação do governo informou em nota que o governador Chico Rodrigues recorrerá da decisão no cargo, seguindo todos os preceitos legais com os embargos declaratórios sem que haja qualquer prejuízo para a máquina pública.
Ainda segundo a nota, Chico Rodrigues ‘estranhou’ a decisão de membros do TRE, ‘haja vista que faltam menos de 60 dias para o término do mandato, o que pode gerar uma instabilidade na população do estado’.
A nota conclui destacando que, ao mesmo tempo, o governo do estado tranquiliza a população e avisa que conduzirá todas as suas atividades normalmente até final do mandato. (bocao news)
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