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- 16/11/2018
- redacao
Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam que 40 milhões de brasileiros são pré-diabéticos, ou seja, possuem o nível elevado de glicemia de jejum, variando entre 100 e 125 mg/dl; e que 25% deste total pode desenvolver o diabetes tipo II. Outro dado preocupante é que no Brasil se consome 50% a mais de açúcar do que o recomendado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A estima-se que cada brasileiro consome, por dia, em média 18 colheres de chá do produto, quando o recomendado seria até 12. Isso tem impactado no aumento do diabetes nos últimos anos, que de acordo com a Pesquisa Vigitel 2017 cresceu 54% nos homens e 28,5% nas mulheres. Outra doença que tem crescido entre os brasileiros, e que está relacionada com o alto consumo de açúcar é a obesidade. A condição clínica subiu mais de 60% nos últimos 11 anos.
A coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Michele Lessa, explica que “o diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde que hábitos saudáveis, com uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados. Por isso, a população brasileira tem que se atentar ao consumo de alimentos adequados, como frutas, verduras, castanhas, leguminosas, cereais, carnes/ovos, além de evitar alimentos gordurosos e processados”.
ALIMENTAÇÃO PARA PRÉ-DIABÉTICOS
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, a alimentação dos indivíduos com pré-diabetes deve ser baseada nas recomendações de uma alimentação saudável. Alimentos como, legumes e verduras são essenciais na dieta do pré-diabético, e da população como um todo. Além disso, esses alimentos contêm fibras, fornecem, de modo geral, muitos nutrientes em uma quantidade relativamente pequena de calorias, o que impacta não só no diabetes, mas também na obesidade e outras doenças crônicas, como as do coração.
Os pré-diabéticos devem optar por água, leite e frutas no lugar de refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos recheados; não troque comida feita na hora (caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas) por produtos que dispensam preparação culinária (sopas “de pacote”, macarrão “instantâneo”, pratos congelados prontos para aquecer, sanduíches, frios e embutidos, maioneses e molhos industrializados, misturas prontas para tortas); e fique com sobremesas caseiras, dispensando as industrializadas.
Outra recomendação é que as refeições sejam feitas em horários semelhantes todos os dias e consumidas com atenção e sem pressa, pois assim favorecem a digestão dos alimentos e também evitam que se coma mais do que o necessário. De acordo com o Guia Alimentar, os mecanismos biológicos que regulam nosso apetite são complexos, dependem de vários estímulos e levam certo tempo até sinalizarem que já comemos o suficiente.
Os pré-diabéticos devem preferir os alimentos naturais, dando preferência a cereais integrais. É fundamental que se reduza o consumo de açúcar adicionado às preparações e principalmente o consumo de ultraprocessados, pois o consumo frequente desses alimentos, que geralmente possuem teores excessivos de açúcar, por exemplo, podem levar ao aumento da glicemia. Outras dicas de alimentação podem ser encontradas no Guia Alimentar para a População Brasil, no site do Ministério da Saúde.
MORTES E NOVOS CASOS
Segundo da Pesquisa Vigitel 2017, 7,6% da população das capitais brasileiras são portadores de diabetes. Ainda de acordo com o levantamento, o indicador de diabetes aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é maior entre os com menor escolaridade, que frequentaram a escola por até oito anos (14,8%). Já entre as capitais, a frequência do diagnóstico médico de diabetes variou entre 4,5% em Palmas e 8,8% no Rio de Janeiro.
Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou com óbitos 406.452 pessoas no Brasil. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número cresceu 11,8% no período, saindo de 54.877 mortes para 61.398 no ano de 2016. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que a quantidade de internações teve queda de 8,7%: foram 148.384 em 2010 e 135.364, em 2016. O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.
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