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- 16/11/2014
- redacao
A Diocese do Divino Espírito Santo de Bauru, que fica a 338 km de São Paulo, comunicou neste sábado (15) a decisão oficial da Igreja Católica de excomungar o padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto. De acordo com o documento, não cabe recurso para a decisão.
A excomunhão só será revista caso padre Beto peça perdão. O religioso foi punido por questionar dogmas da Igreja Católica e falar com aceitação sobre assuntos como homossexualidade.
Após entrevista do papa, padre entrou na Justiça
O ex-padre entrou na Justiça para tentar reverter a excomunhão que sofreu da Igreja Católica por defender os homossexuais e para voltar a frequentar a igreja. O padre disse acreditar que, depois das declarações do papa Francisco sobre os gays, a possibilidade de reverter a situação era maior.
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Os advogados do padre chegaram a ajuizar uma medida cautelar, com pedido e liminar, para suspender os efeitos da excomunhão até o julgamento do mérito de uma ação principal para anular o processo de excomunhão. “Com a liminar, o padre poderá voltar a se comungar e a participar de outros sacramentos da igreja”, explicou o advogado Antônio Celso Fraga.
A ação principal pretendia anular o processo de excomunhão, que não teria obedecido ao ordenamento jurídico brasileiro. Segundo Fraga, as ações eram contra a Diocese de Bauru, que não teria dado amplo direito de defesa ao padre e obedecido às regras do ordenamento jurídico brasileiro. Fraga ainda questiona a legalidade da excomunhão automática, que estaria em desacordo com a Constituição Federal.
Segundo o advogado, as declarações dadas pelo papa Francisco sobre os gays eram importantíssimas para conseguir sucesso nas ações. “O papa disse que não cabe a ele julgar os homossexuais e que a Igreja tem de buscar a fraternidade e rever os excessos”, disse Fraga. Para o padre Beto, a situação seria outra, se fosse hoje. “Se fosse agora, após a visita do papa, dificilmente eles teriam me excomungado. Eles entenderiam melhor as minhas declarações”, disse o padre, excomungado por não se retratar de declarações públicas de defesa dos homossexuais. (Fonte: Correio)
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