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- 30/07/2022
- redacao
Com a ida do ex-prefeito Fernando Gomes para um lugar chamado de eternidade, como diria o saudoso jornalista Eduardo Anunciação, que foi seu amigo e correligionário por muito tempo, já se fala em quem será o maior herdeiro do espólio eleitoral daquele que conseguiu o que dificilmente irá acontecer na política de Itabuna : ser gestor do centro administrativo Firmino Alves por cinco mandatos.
O próprio antifernandismo reconhece que Fernando Gomes foi a grande liderança política da história de Itabuna, que será muito difícil surgir outra com a mesma desenvoltura e um invejável currículo político, incluindo aí três vezes deputado federal. Voltando ao assunto do espólio eleitoral, o ex-prefeito capitão Azevedo (PDT) está em primeiro lugar na bolsa das apostas de quem vai herdar a maior fatia do fernandismo.
O argumento, sem dúvida inquestionável, é que seu estilo de fazer política é muito semelhante ao de Fernando. Azevedo é do campo populista, do contato direto com o eleitor. Adora está no meio do povo. Detesta a formalidade burocrática, o ambiente político que requer um discurso mais apurado. O capitão caminha para ser o adversário que vai mais preocupar o projeto de reeleição de Augusto Castro (PSD). Se acontecer dois fatos, o atual chefe do Executivo pode ter seu legítimo sonho de quebrar o tabu do segundo mandato consecutivo ameaçado. São eles : 1) ACM Neto eleito governador da Bahia. 2) uma boa votação de Azevedo para deputado federal, especificamente em Itabuna.
Vale lembrar que com a eleição de Neto, se Azevedo conseguir ficar na primeira suplência, o PDT, que tem como favas contadas a eleição de três à Câmara dos Deputados, terá um deles indicado para assumir uma secretaria estadual. Azevedo bem votado em Itabuna, sendo deputado federal e o herdeiro natural do eleitorado fernandista, se transforma em um fortíssimo pré-candidato a prefeito na já discutida sucessão de 2024.
(*)- Marco Wense/ Comentarista político
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