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- 26/03/2022
- redacao
João Roma, atendendo um pedido do presidente Bolsonaro, que precisa urgentemente de um palanque na Bahia, vai disputar à sucessão do governador Rui Costa (PT).
O primeiro passo é se desfiliar do Republicanos, já que a legenda tem um compromisso com ACM Neto. Depois arriar sua mala no PL, legenda pela qual o chefe do Palácio do Planalto vai tentar se reeleger.
Como sabe que sua chance de ir para o segundo turno é remotíssima, a prioridade do ministro da Cidadania passa a ser a eleição de sua esposa, Roberta Roma, à Câmara dos Deputados.
A preocupação de Roma é ficar sem nada, a ver navios. Nadar, nadar, e morrer na praia, como diz a sabedoria popular. Sem ser governador, sem ter a mulher como deputada e com Bolsonaro derrotado. Três hipóteses que podem acontecer.
O alto índice de rejeição do presidente da República de plantão é a grande pedra no caminho do ex-netista de carteirinha. Hoje adversário. Politicamente falando, é outra história da criatura rompendo com o criador.
A curiosidade-mor fica por conta do segundo turno, se não houver um vencedor logo no primeiro round. Como irá se comportar João Roma diante do confronto ACM Neto (União Brasil) versus Jerônimo Rodrigues (PT) ?
Descartando a possibilidade de Roma caminhar em direção ao candidato do lulopetismo, só ficam duas opções : 1) apoiar o ex-prefeito de Salvador, restabelecendo o diálogo com seu ex-chefe politico. 2) cruzar os braços e se afastar do processo sucessório.
Se o segundo turno do pleito presidencial for entre Lula e Bolsonaro, Roma vai condicionar seu apoiou a Neto a uma declaração pública de que vai apoiar o “mito”, o que seria mortal para o ex-gestor soteropolitano.
Tem muita coisa para acontecer. Surpresas e sobressaltos são inerentes ao movediço e traiçoeiro mundo da política.
(Marco Wense-comentarista político 26 de Março 2022.0
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