ENTRE ACM NETO E LULA, UM PACTO DE NÃO-AGRESSÃO
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  • 06/07/2022 
  • redacao

Já há um começo de preocupação no lulopetismo da Bahia em relação a uma provável despedida do PT do comando da Boa Terra, que completa 16 anos com o fim do mandato do governador Rui Costa, obviamente com a derrota de Jerônimo Rodrigues, pré-candidato da base aliada ao Palácio de Ondina. A inquietação, que vai se transformando em uma incontida ansiedade, que aumenta toda vez que sai uma pesquisa de intenções de voto apontando o favoritismo de ACM Neto (UB), atinge, principalmente, os que estão empregados no governo e não têm outra atividade fora da política.

Como é melhor prevenir do que remediar, já procuram um pré-candidato a deputado federal com boas chances de eleição (ou reeleição) para ser uma espécie de padrinho político em um eventual retorno de Lula à presidência da República. A única esperança de não ficar desempregado na gestão estadual está assentada na performance de Lula como um invejável “cabo eleitoral”, que seja mais forte do que o sentimento de mudança que toma conta de uma parcela significativa do eleitorado, responsável por colocar o ex-prefeito de Salvador em uma situação confortável nas enquetes.

O problema é que Lula não vai entrar na campanha de Jerônimo como esperam os companheiros. O ex-presidente está de olho no chamado “LuloNeto”, expressão que surgiu na Coluna Wense. Fala-se até em um implícito pacto de não-agressão entre o ex-gestor soteropolitano e o ex-chefe do Palácio do Planalto. Não interessa a ambos uma troca de ofensas. Com efeito, já faz muito tempo que Lula e Neto estão em paz, sem que um faça qualquer crítica ao outro.