MPF APONTA TRÁFICO DE INFLUÉNCIA DE LULA, DIZ REVISTA
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  • 21/02/2016 
  • redacao
A investigação teria, segundo a Época, além de documentos sobre Lula, Odebrecht e BNDES

A investigação teria, segundo a Época, além de documentos sobre Lula, Odebrecht e BNDES

Uma investigação criminal sigilosa, que tramita no Ministério Público Federal em Brasília, teria confirmado suspeitas de tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da Odebrecht. Em reportagem publicada neste final de semana, a revista Época afirma ter tido acesso aos documentos da apuração conduzida por procuradores do Núcleo de Combate à Corrupção. O material analisado é composto, segundo a reportagem, de centenas de documentos das empresas de Lula, da Odebrecht e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que liberava dinheiro indiretamente à empreiteira. O documento é preliminar — ainda não há data para o término da investigação. A conclusão dos procuradores, que ainda não é definitiva, é de que Lula cometeu o crime de tráfico de influência. A investigação teria, segundo a Época, além de documentos sobre Lula, Odebrecht e BNDES, perícias da equipe do Ministério Público Federal, auditorias inéditas do Tribunal de Contas da União, relatórios da Polícia Federal e despachos em que os procuradores analisam detidamente as evidências do caso. Para os procuradores, havia um “modus operandi criminoso” na atuação de Lula, dos executivos da Odebrecht e dos diretores do BNDES para liberar dinheiro do banco à empreiteira. Na investigação, teria sido apurado que Lula praticou o crime de tráfico de influência em favor da Odebrecht, vendendo “influência política” à empresa por R$ 7 milhões e que o contrato de palestras entre uma empresa de Lula e a Odebrecht serviu para “dar aparência de legalidade” ao tráfico de influência. Foram verificados telegramas diplomáticos sobre a atuação de Lula e dos executivos da Odebrecht no exterior, notas fiscais, viagens e encontros dos investigados. Lula foi ouvido e a Odebrecht e o BNDES apresentaram defesa. Além disso, os investigadores teriam detectado que o BNDES aprovava com velocidade incomum — até 49% acima da média — os financiamentos que envolviam gestões de Lula e interessavam à Odebrecht. Outras provas estariam sendo produzidas para embasar denúncia contra Lula, diretores da Odebrecht e executivos do BNDES