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- 19/05/2017
- redacao
O anexo da delação do empresário Joesley Batista, que lista denúncias feitas pelo sócio da JBS que possuem “elementos especiais de prova”, retoma pagamentos feitos ao presidente Michel Temer entre 2010 e 2012, mas também se estende a períodos mais recentes e faz menção a aliados do peemdebista, entre eles, o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Segundo o depoimento de Joesley, a partir das eleições de 2012, o relacionamento entre ele e Temer foi aprofundado, de forma que ele percebeu que, além do ex-ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o então vice-presidente também operava com Geddel, Moreira Franco, Eduardo Cunha, entre outros aliados. De acordo com o empresário, Temer o procurou durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele foi convocado para uma reunião no escritório jurídico de Temer situado na região dos Jardins, na capital paulista e recebeu o pedido de R$ 300 mil para pagamento de despesas de marketing político na internet, “pois o mesmo [Temer] estava sendo duramente atacado no ambiente virtual”. Joesley relatou que prometeu fazer o pagamento e que foi orientado por Temer a entregar o dinheiro a “Elcinho”, que seria um marqueteiro de sua confiança – mesmo apelido do marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco. Joesley contou então que chamou Elsinho a sua casa e entregou R$ 300 mil em espécie.
Após Temer assumir a Presidência, com o impeachment de Dilma, Joesley afirma ter criado um canal de interlocução com Geddel Vieira Lima, que foi escolhido por Temer para compor seu ministério na Secretaria de Governo. Segundo o empresário, o baiano era um canal de contato entre ele e Temer, pelo qual encaminhava pedidos ao presidente, “podendo lembrar, em especial, de pedido de que ele interviesse no BNDES afim de que o banco não vetasse a mudança da sede da JBS para o exterior”. Ainda de acordo com o sócio da JBS, também havia pedidos de informações, por parte de Geddel, sobre a situação do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e sobre o doleiro Lúcio Funaro, que tem ligação com o ex-presidente da Câmara. “Em sua comunicação frequente, Geddel sempre perguntava a JB [Joesley Batista]: ‘E o passarinho? Está calmo?’”, afirma o anexo da delação. Bahia Notícias
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