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- 07/12/2014
- redacao
O anúncio da extinção da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) da estrutura do governo deixou os funcionários da estatal apreensivos. O governador eleito, Rui Costa (PT), não informou qual será o destino dos 2,6 mil funcionários. Segundo o petista, a maioria deles são aposentados ou prestes a deixar a empresa, porém, outros 700 ativos não receberam comunicado sobre o futuro de cada um. O projeto de lei 21.007/2014, que garante a reforma, já foi enviado à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), um dia após o anúncio.
Em contato com o Bocão News, o funcionário da área de abastecimento, D.S, 31 anos, não quis se identificar, mas explicou a situação dos trabalhadores e a avaliou como ‘angustiante’. O funcionário é concursado há um ano e três meses. “O projeto já será votado e não sabemos para onde iremos. A direção não nos dá nenhum direcionamento”, apontou.
Um grupo de 25 trabalhadores irão a Alba na próxima terça-feira (9) para uma conversa com o deputado estadual, Euclides Fernandes (PDT), que apresentou emenda ao projeto garantindo os postos de trabalho dos concursados na estrutura administrativa do estado. “Esta emenda é a mais plausível que recebemos, porque da direção mesmo não temos nenhum posicionamento”, concordou D.S..
Segundo o funcionário, de 2010 para cá, os cargos de motorista, auxiliar administrativo, abastecimento e funcionários de lojas, foram unificados com piso salarial de R$ 840. Os cargos mudam a partir de gratificações nos salários.
Dentre as apreensões dos concursados, caso a Ebal seja privatizada, está a perda dos benefícios do servidor público, como o plano de saúde, o Planserv, gratificações em cursos, licença remunerada, além da redução salarial. “E se formos para outras secretarias, não tem como garantir nossos salários, pois teremos que nos adequar a estrutura”, teme.
Dos 2,6 funcionários da estatal, 930 são cargos comissionados, 970 aposentados e cerca de 700 concursados.
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