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- 11/08/2021
- redacao
O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou hoje proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições de 2022. A PEC do voto impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) teve 218 votos contra, 229 votos a favor e uma abstenção. Para que a tramitação avançasse eram necessários votos favoráveis de 308 dos 513 congressistas.
A PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), era de interesse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e foi rejeitada no dia em que o Ministério da Defesa realizou um desfile militar no Planalto — criticado por políticos, que viram o ato como uma tentativa do presidente de intimidar deputados. A inclusão do assunto na sessão de hoje só aconteceu por vontade do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, e o resultado da votação representa uma derrota para Bolsonaro.
O presidente, que enfrenta perda de popularidade, ameaça reiteradamente a realização das eleições de 2022, lançando dúvidas infundadas sobre as urnas eletrônicas — desde a adoção dos aparelhos no Brasil, em 1996, nunca houve comprovação de fraude nas eleições, como mostram auditorias realizadas pelo TSE, investigações do Ministério Público Eleitoral e estudos independentes. Equivocadamente, o presidente também já afirmou que a votação eletrônica não seria auditável, o que foi negado por auditores ouvidos na comissão especial da PEC. O relatório do deputado governista Filipe Barros (PSL-PR) sobre o tema acabou sendo rejeitado pela comissão especial, criada para debater o tema, por 23 votos a 11. Na sexta-feira passada (6), o colegiado deu o parecer para arquivar a proposta.
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