- 1.920
- 0
- 16/03/2022
- redacao
Ex-presidente e pré-candidato às próximas eleições para o cargo máximo do Executivo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu ter medo de ser assassinado durante sua campanha em 2022. A declaração veio em entrevista à rádio Espinharas, da cidade de Patos, na Paraíba, dada ao veículo na última terça (15).
Lula disse que tem ficado mais atento aos temores de seus assessores e lembro que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou não duvidar que grupos radicais ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tentem assassiná-lo durante eventos de campanha.
“Veja, todo mundo sabe o tipo de político que é o Bolsonaro. Um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para a educação, um cidadão que não é capaz de fazer um gesto para combater a pandemia e a Covid, até hoje ele não acredita na vacina, até hoje ele acha que a Covid era uma gripezinha, até hoje ele não foi solidário a nenhuma criança, nenhum velho, nenhuma pessoa que morreu de Covid, um presidente que não gosta de sindicato, um presidente que não gosta de mulheres, um presidente que não gosta de quilombolas, não gosta de negros, não gosta de estudantes”, afirmou Lula.
Na mesma entrevista, Lula voltou a relacionar Bolsonaro com grupos milicianos e com a morte da vereadora Marielle Franco. “O negócio dele é a relação dele apodrecida com uma parte dos milicianos desse país, que, quem sabe, foram os que mataram a Marielle, que ontem completou aniversário da morte dela. Então eu tenho preocupação, eu tenho preocupação [com uma possível tentativa de assassinato], mas como eu sou uma pessoa de muita fé, de muita crença, eu sinceramente acho que o vai acontecer é que o povo brasileiro vai dar um golpe nesse país e vai restabelecer a democracia”, declarou.
Lula apareceu com possibilidades de vencer uma eleição em primeiro turno de acordo com a Pesquisa Quaest/Genial, divulgada nas primeiras horas desta quarta (15). Lula aparece com 45% das intenções de voto em primeiro turno, seguido pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), com 25%. Logo depois aparecem os candidatos Ciro Gomes (PDT) e Sergio Moro (Podemos), com 7% e 6%, respectivamente.
- FAÇA UM COMENTÁRIO
- 0 COMENTÁRIOS