Um arcebispo ultraconservador da Itália foi excomungado por rejeitar a autoridade do papa Francisco. Carlo Maria Viganò, 83 anos, disse que o papa deveria renunciar e, posteriormente, subiu o tom, descrevendo-o como um “falso profeta” e “servo de Satanás”. A postura rendeu a exclusão do religioso da Igreja Católica. O Vaticano anunciou a saída nesta sexta-feira (5).
De acordo com comunicado divulgado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, o órgão com a função de salvaguardar os fundamentos do catolicismo. O arcebispo foi considerado culpado de cisma.
A declaração do arcebispo, que durante a pandemia de Covid-19 teve postura negacionista, aconteceu três dias depois de a Santa Sé autorizar a bênção a casais homoafetivos e a aqueles considerados “em situação irregular”, termo usado para se referir aos que estão em sua segunda união após um divórcio.
Em nota, o escritório doutrinário disse que a recusa de Viganò em reconhecer e se submeter ao papa Francisco ficou clara em suas declarações públicas. “Na conclusão do processo penal, o reverendíssimo Carlo Maria Viganò foi considerado culpado do delito reservado (violação da lei) de cisma”, disse o comunicado.