13,5% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO COM DÍVIDA ACIMA DO LIMITE; ESPECIALISTA DÁ DICAS PARA NÃO ENTRAR NO VERMELHO (Por Dora Ramos)
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  • 20/03/2015 
  • redacao

Com dificuldade para obter créditos com bancos,  companhias devem apostar no planejamento e no controle administrativo

Com dificuldade para obter créditos com bancos, companhias devem apostar no planejamento e no controle administrativo

 As empresas brasileiras se endividaram mais no último ano. Uma pesquisa divulgada recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que 13,5% das companhias brasileiras estavam acima do limite de endividamento em 2014 – em 2012, esse número era de 11,4%. Outro dado alarmante aponta que 37% das organizações ouvidas no levantamento disseram não ter condições de fazer mais dívidas.

Um dos grandes problemas encontrados pelos empresários é a dificuldade em obter créditos pelos bancos. As instituições financeiras costumam exigir garantias reais ou acabam não aprovando o valor integral do empréstimo solicitado. Para não chegar a essa situação, o ideal é tomar medidas preventivas.

Segundo a especialista em contabilidade e controladoria Dora Ramos, diretora da Fharos Contabilidade & Gestão, fazer um planejamento e ter o controle administrativo são medidas essenciais para evitar as dívidas. “Alguns dos fatores que podem atrapalhar muito o empresário é não ter o fluxo de caixa realizado e previsto. A previsão é essencial para a tomada de decisões e para corrigir a rota.”

Não distinguir as despesas direcionadas à vida pessoal e à empresa também pode ser um obstáculo. A especialista afirma que, além de não ser correto,causa a falsa impressão de que a companhia não gera lucro.

Outro erro muito comum cometido pelo empresariado é o desconhecimento a respeito da margem de contribuição. “Esse termo que representa a diferença entre o valor das vendas e os custos necessários para gerá-las soa de maneira estranha aos ouvidos do empresário. Porém, é muito importante saber qual é a margem de contribuição para o negócio”, afirma Dora.

Além desses fatores, a diretora da Fharos alerta que o empresário deve ter pleno controle de estoque-; saber o ponto de equilíbrio da empresa – ou seja, qual é o faturamento mensal mínimo para cobrir os custos fixos ; e não deixar de determinar um valor compatível com a capacidade financeira  da empresa para o pró-labore, a remuneração do próprio empresário.

(*) Dora Ramos  Especialista em contabilidade e controladoria