SÍNDROME QUE ATACA SISTEMA NERVOSO E JÁ MATOU MULHER NA BAHIA AVANÇA
  • 2.409
  • 0
  • 09/07/2015 
  • redacao
Governo reuniu profissionais da Saúde para discutir doença, ontem (Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab)

Governo reuniu profissionais da Saúde para discutir doença, ontem
(Foto: Leonardo Rattes/Ascom Sesab)

(Por Amanda Palma e Clarissa Pacheco)

Em um ano, os casos da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) – que provoca paralisia muscular –  podem chegar a 1.200 em Salvador, se o número de registros  da doença continuar crescendo.De maio até a quarta-feira (8), foram confirmados na Bahia 55 casos  — 32 deles na capital, onde uma mulher morreu pela doença, no dia 12 de junho.

A SGB é uma doença autoimune provocada por uma reação de defesa do organismo a um vírus. Em alguns casos, essa reação acaba atacando o próprio organismo.

Os médicos ainda não sabem ao certo o que pode estar causando esse tanto de casos de SGB, mas suspeita-se que tenha relação com a epidemia de Zika Vírus — transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo que transmite a dengue.

Os dados foram apresentados, ontem à tarde, no auditório do Hospital Geral Roberto Santos, durante uma reunião entre representantes da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), Ministério da Saúde e médicos do estado.

Segundo o médico infectologista Antônio Bandeira, que participou da equipe de pesquisadores baianos que identificaram o Zika, situação semelhante ocorreu na Polinésia Francesa (arquipélago localizado no Oceano Pacífico), entre 2013 e 2014. O país viveu uma epidemia de Zika e, em seguida, os casos de SGB se multiplicaram rapidamente. Lá, a incidência chegou a 40 casos para cada 100 mil habitantes. Se a capital baiana seguir essa tendência, seriam 1.200 casos em um ano.