PONTE SALVADOR-ITAPARICA: CHINESES CHEGAM A SALVADOR PARA ASSINAR PROTOCOLO DE INTENSÕES
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  • 09/01/2017 
  • redacao

 

Quando se fala em ponte Salvador-Itaparica uma enxurrada de críticas é disparada logo de início. O pragmatismo toma conta de quem ouve o projeto apresentado pelo vice-governador João Leão (PP) que, entusiasmado, diz estar adiantando todo o trâmite para que a obra se inicie tão logo seja possível.

Nesta segunda-feira (8), Leão percorre alguns trechos de helicóptero e pela estrada com empresários chineses que desembarcaram em Salvador no final de semana. A viabilidade econômica deste projeto de R$ 7.8 bilhões depende do aporte financeiro da iniciativa privada do exterior. Ao menos 75% do investimento virá de lá. São R$ 5.850 bilhões.

“Vamos sobrevoar de helicóptero o percurso até a Ilha de Itaparica. De Bom Despacho vamos sobrevoar pelo meio da Ilha onde terá uma Via Expressa. Descer no aeroporto de lá para percorrermos de carro até Nazaré. Depois seguimos de helicóptero para Santo Antônio de Jesus e seguimos em linha reta até Castro Alves onde passará a rodovia”.

 A viabilidade econômica deste projeto de R$ 7.8 bilhões depende do aporte financeiro da iniciativa privada do exterior.

A viabilidade econômica deste projeto de R$ 7.8 bilhões depende do aporte financeiro da iniciativa privada do exterior.

Leão se diz otimista e na função que exerce não poderia deixar de demonstrar tal perspectiva,

Leão se diz otimista e na função que exerce não poderia deixar de demonstrar tal perspectiva,

O itinerário inicial é esse. Durante a tarde, há uma reunião entre os empresários e o governador Rui Costa, na Governadoria, para que seja assinado um protocolo de intenções. “Estou falando que essa ponte vai melhorar muito a vida dos baianos e contribuir significativamente para a melhor distribuição da arrecadação do Estado”.

O ceticismo da população encontra respaldo, por outro lado, na quantidade de expectativas frustradas ao longo dos últimos anos. O metrô de Salvador, por exemplo, demorou mais de uma década para começar a funcionar. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) está praticamente parada.

A quantidade de obras prometidas e não executadas é imensa e atinge governos e prefeituras das mais diversas colorações partidárias. Para além, ainda há desconfiança no que se refere a lisura dos processos e a atuação dos tribunais de contas e órgãos ambientais que podem interromper a obra por tempo indeterminado.

Leão se diz otimista e na função que exerce não poderia deixar de demonstrar tal perspectiva, entretanto, é preciso entregar para a população aquilo que é gerado de expectativa. (Bocao News)