BEBETO GALVÃO DESABAFA, DIZ QUE PSB NÃO FOI CONTEMPLADO COM COM ESPAÇO ESPERADO E NÃO CONFIRMA IDA A BRASILIA
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  • 20/02/2019 
  • redacao

 

 

O suplente do senador Jaques Wagner (PT), o socialista Bebeto Galvão, em conversa com o BNews, desabafa e não apenas afirma que o PSB não foi contemplado com os espaços esperados na nova gestão Rui Costa (PT), como não confirma sua ida a capital federal para assumir o convite para coordenar o Escritório de Representação do Governo da Bahia.

Bebeto era tido como nome certo para ocupar o primeiro escalão petista, em compensação a ter aberto mão de sua reeleição para que a senadora Lídice da Mata fosse candidata a deputada federal, após ser preterida da chapa de Rui, em detrimento ao pessedista Angelo Coronel, mas teve seu nome vetado, conforme afirmou, após o governador ter alterado o critério de escolha dos seus titulares, cravando a exigência técnica.

“Trabalhamos duramente, reconduzindo-o [Rui] à sua reeleição, reconhecendo que existe um novo quadro político nacional com condição desafiadora, que nos levou a apoiá-lo na nova reforma administrativa, como parte da nossa responsabilidade. Após esse processo foi aberto, conforme orientação, um debate interno para que tratássemos sobre espaços, quando  refletimos sobre os quatros anos de gestão e deixamos claro que gostaríamos de ampliar nossos quadros políticos e posições e o governador nos pediu três indicações e assim nós fizemos. No entanto, Rui alterou o conceito do debate e o discurso era de que gostaria de ter quadros mais técnicos que políticos”, frisou.

Conforme Bebeto, embora a compreensão do partido fosse que a eleição havia sido na base da política e de que o discurso técnico é o discurso de criminalização da política, o desafio a partir daí foi definir o tamanho que a legenda teria, já que os nomes já haviam sido levados.

“Ficamos sabendo que nos seria mantido duas pastas, dentre elas a Seap [Secretaria de Administração Penitenciária]. Então, pelo trabalho exercido, pela conduta, decidimos manter Nestor Duarte no posto e tínhamos outros três nomes [Rodrigo Hita, Angelo Almeida e o meu próprio nome] para outra pasta que não sabíamos qual, mas que por nós seria Agricultura,  Desenvolvimento Econômico ou Justiça e fomos até o limite das negociações, quando Rui, que era o senhor da caneta, sugeriu que o PSB deveria ficar com a Secretaria de Meio Ambiente [Sema]. Com isso, concluímos o debate com a indicação do engenheiro agrônomo, João Carlos Oliveira, cujo perfil era totalmente técnico”, desabafou, afirmando, no entanto, que: “queríamos mais, não era o espaço esperado, mas estaremos empenhados por fazer o melhor”.

Sobre não ter aceitado o cargo que lhe foi ofertado, não hesitou em relembrar que abriu mão de sua reeleição como parte da luta democrática.

“Para resolver um problema da nossa chapa, mas se tivesse sido candidato, por certo, poderia ter sido reeleito. Portanto, penso que independentemente do cargo, continuarei fazendo política como sempre, de alta intensidade. Tenho que ajudar o meu partido a continuar a construir candidaturas competitivas, a exemplo da de Lídice em Salvador. E nunca precisei de cargo pelo cargo para viver. O que busco é algo que possa somar, ajudar efetivamente o estado da Bahia, essa é a proposta”, assegurou.

Por fim, Bebeto afirmou que na tarde desta quarta-feira (20), desembarcará em Brasília e se sentará com a presidente estadual da sigla, a senadora Lídice da Mata, ocasião em que deve haver uma decisão interna. “Mas o debate é em torno de como posso compatibilizar, convergir em ajuda à Bahia e ao meu trabalho político, partidário. Trabalhar essas duas dimensões, mas não é nada pessoal, birra política, não trabalho dessa maneira”, ponderou.