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- 22/09/2015
- redacao
por Samuel Celestino
O temor do Palácio do Planalto é tamanho de que o PMDB abandone a base aliada e se encaminhe para apoiar o impeachment, tendência majoritária da legenda pelo menos em relação ao afastamento do governo, o que poderá acontecer em novembro na reunião nacional do partido. A presidente Dilma, em dificuldades, já está entregando os seus anéis mais preciosos ao partido, com, por exemplo, o ministério da Saúde. Ontem, o PMDB, pelas vozes dos seus nomes mais importantes, o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado Renan Calheiros e o presidente da Câmara Eduardo Cunha, a ela dissera que não tinha interesse na reforma ministerial e que ficasse à vontade para realizar a sua reforma. Elevou-se imediatamente em muitos centigrados a apreensão dentro do governo que, se já estava informado pelos bastidores, passou a entender que o partido pretende mesmo se distanciar do governo. No momento, a legenda comanda seis ministérios, mas os mais importantes estão com o PT, notadamente nas mãos do grupo da presidente. O Ministério da Saúde é um dos principais, mesmo com a crise. A informação surgiu na manhã de hoje para tentar encantar os peemedebistas, que até o momento não responderam. É possível que mantenham a posição tomada pelas três vozes nesta segunda feira, o que vale como um pré-anúncio da decisão que o partido tomará na reunião nacional de novembro. A inclinação é muito forte para a deserção, até porque a presidente se fragilizou de tal maneira que passou a ser uma espécie de fantoche no comando da república. A cada dia a situação se complica para ela, Dilma, e para o país, que já não se sabe se haverá a reforma administrativa anunciada para esta quarta feira ou se o governo está confuso sobre o que fazer. Parece perdido no espaço.
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