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- 01/06/2016
- redacao
O povo brasileiro já está cansado de ler sobre a real situação do país, seja na esfera econômica, social ou governamental. Diante de sucessivas derrotas junto ao congresso, aliado a enorme rejeição oriunda do povo surge o questionamento: O PT morreu politicamente?
Para responder tal indagação, é necessário que se diferencia o PT a nível federal e a nível estadual.
Pois bem, Dilma, presidente do Brasil, e representante maior do partido, acumula erros grotescos nas mais diversas áreas. Sobretudo quando esqueceu que a política se faz com “política”, não com politicagem rasteira, mas aprendendo a se relacionar com os demais.
Não é novidade que a Petista nunca possuiu boas relações com seus comandados e até mesmo colegas de partido. Ao que consta, Dilma não era aberta ao dialogo, terminando por afastar até os mais fiéis escudeiros.
Segundo o dicionário sociológico: Fazer política é utilizar-se da palavra para buscar a melhora social.
Ora, tendo como base a definição acima, fica um pouco mais claro o motivo da derrocada do governo petista. No entanto, não se pode atribuir a Dilma toda a culpa pela péssima gestão, afinal, quando assumiu o governo de Lula, a mesma já havia notado que a situação economica não era das melhores e pensou em tentar um ajuste fiscal, que foi prontamente negado pelo partido.
Do ponto de vista econômico, Dilma apenas paga pelo populismo fiscal que Lula implantou, entretanto, o mesmo tinha em suas mãos um país economicamente favorável, por isso os efeitos das inabilidades junto a economia só estão sendo sentidos agora.
Resumindo, Dilma falhou como gestora e representante do “pt”.
Em contrapartida, elege-se como Governador da Bahia em Outubro 2014, pra muitos desconhecido, Rui Costa. Depois de uma eleição cheia de reviravoltas, Rui assume após dois mandatos de Jaques Wagner, que convenhamos, não deixou saudades.
Tão logo toma posse, Dilma passa a fazer tudo aquilo que acusou os seus adversários de fazerem, ou seja: aumento de energia, corte em programas sociais, modificação de direitos trabalhistas e por ai vai.
O cenário baiano era tenebroso pois tínhamos um governador, que para muitos só teria sido eleito por falta de concorrentes melhores.
Confesso ao leitor, que este que vos fala não comunga com os ideais da esquerda, conseqüentemente deixo de concordar com muitas das atitudes petistas. Todavia, Rui Costa surpreende a todos pois, mesmo diante de toda situação fazendo com que a Bahia não sinta todas as conseqüências da crise.
Em especial, o cidadão soteropolitano fica muito agradecido com as ótimas obras de melhoria na infra estrutura da cidade, sobretudo as linhas “vermelha” e “azul”, que devem ajudar muito o tráfego em Salvador.
Salvador é um caso a parte na gestão de Rui, posto que inicialmente a sua relação com o bom prefeito ACM Neto, chegou a despertar a curiosidade de muitos uma vez que um fez oposição ao outro.
Tal relação aparentava ser o grande calcanhar de Aquiles do petista, mas não foi, pois com humildade e jogo de cintura Rui e Neto passaram alinhar-se para o bem comum, o povo. Posteriormente, até apelidos foram dados, ou quem não se recorda da dupla: ” Rui “Correria” e ACM “Rapidez”.
É preciso dar o braço a torcer e notar que Rui hoje é o verdadeiro representante do saudoso “PT”, que diga-se, era um partido que prestou bons serviços ao Brasil, em especial na área social, mas que perdeu-se pelo caminho.
Isso quer dizer que a Bahia é uma maravilha? Não, não é. Isso só indica que é preciso distinguir o candidato, do Partido, haja vista a diferença discrepante entre a habilidade de Rui e Dilma como gestores públicos.
O objetivo aqui não é comparar a complexidade de governar um país e um Estado, não. A grande diferença é a forma de se relacionar com os demais, até porque é nítido que a Bahia, até então não sentiu maiores efeitos da crise, tal qual aconteceu com o governo do Rio Grande do Sul, que só para exemplificar precisou parcelar os salários dos servidores públicos do Estado.
Essa distinção é a grande prova que o Partido dos Trabalhadores subdividiu-se em dois: “PT”, representando uma ala cujo os ideais permaneceram intactos, ou seja, o povo. Já o “pt” tornou-se um partido que tem por objetivo claro permanecer no poder a qualquer custo.
Diante dessa subdivisão do falecido Partido dos trabalhadores, Rui parece encabeçar o pouco que restou de um partido com ideais tão interessantes e que sempre foi uma oposição combativa. Talvez por isso, passou a não defender Dilma com tanta veemência, posto que aliar a sua imagem ao confuso governo federal seria um tiro no pé do ponto de vista político.
Notícias dão conta de que Rui poderia deixar o PT, aqui “pra nós”, ele faz muito bem.
(*) Valdemir Liger Neto, Advogado, Pós Graduando em Direito Civil pela faculdade baiana
Muito bem definida a verdadeira cara do PT melhor ainda a colocação da posição do governador Rui se eu fosse ele já tinha caído fora desse partido e mostrando que como nós moradores da região metropolitana de salvador sabemos ele não tem nada a ver com o PT