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- 19/07/2021
- redacao
“Quem visita a Ceplac e o Cepec se depara com a mais vergonhosa e inadmissível situação, onde não só o patrimônio intelectual está sendo depredado, mas também o patrimônio físico.”
A situação atual da Região Cacaueira da Bahia se torna cada vez mais preocupante quando constatamos que a tão almejada e buscada revitalização da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), juntamente com seu Centro de Pesquisas e Extensão do Cacau (Cepec), este já sem o serviço de extensão, extinto definitivamente pelo Ministério de Agricultura e fielmente cumprido pela atual direção, se encontra no auge do seu desmonte. Isso significa o fim do suporte para alavancar toda a cadeia produtiva do cacau e o término da expectativa em colocar o Brasil em uma posição merecida entre os maiores produtores de cacau do mundo, tendo a Bahia o seu destaque como primordial.
Esse fato se torna ainda mais aterrorizante quando presenciamos alguns servidores em total apoio à atuação desse desmonte pelo diretor Waldeck Pinto, que, além de estar incentivando com suas ações a aposentadoria de vários outros decentes servidores, está transferindo para área de fiscalização renomados pesquisadores que têm em seus currículos a extensa comprovação de sua competência em cacau e está deixando perder o patrimônio físico, fruto das taxas pagas pelos produtores que contribuíram por décadas para sua construção e manutenção.
Enquanto os servidores aliados do diretor Waldeck Pinto, sem a mínima decência de caráter, procuram a todo custo demonstrar que a Ceplac vai muito bem, obrigada! através de lives e que a parceria com a Embrapa é a salvação da lavoura, deixando entendido que os “bandidos” são seus próprios colegas de mais de 40 anos de convivência que se negaram a compactuar com essa gestão desastrosa sem precedentes, quem visita a Ceplac e o Cepec se depara com a mais vergonhosa e inadmissível situação, onde não só o patrimônio intelectual está sendo depredado, mas também o patrimônio físico.
Os que compactuam com o diretor viraram as costas até para o que poderia ser enquadrado, em caso de apuração pela vigilância sanitária, como atentado contra a saúde dos servidores da Instituição, ainda mais agravado e alarmante em tempo de pandemia.
Resta o lamento não só pelo fim anunciado da mais rica fonte intelectual do que sempre foi a riqueza econômica, cultural e ambiental da Região Cacaueira como do Brasil, mas muito mais pela conivência e ajuda dos que vergonhosamente se aliaram e expuseram tão somente sua própria degradação moral.
Vale lembrar que alguns já disseram que o desinteresse do Governo Federal pela Ceplac se devia ao antro de petista que ali se ancoravam. No entanto, essa “justificativa” cai por terra quando é nomeado pelo próprio Waldeck Pinto. Luís Ricardo Bruggemann, um militante petista que agora ocupa o cargo de diretor-substituto da Instituição.
Servidor Indignado
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