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- 19/10/2021
- redacao
O pai de Kezia Stefany da Silva Ribeiro, de 21 anos, acendeu o sinal de alerta quando ficou sabendo que o namorado da filha, o advogado criminalista José Luiz de Britto Meira Júnior, havia adquirido uma arma. Como o relacionamento do casal estava indo de mal a pior, a presença de um revólver poderia transformar o namoro de dois anos em uma tragédia.
Kezia foi morta com um tiro na cabeça na noite do domingo (17) no apartamento de Meira, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. O namorado chegou a levar o corpo da jovem ao Hospital Geral do Estado (HGE). A defesa dele alega que o disparo foi acidental.
Segundo uma tia da vítima, o pai chegou a falar com a filha sobre a possibilidade do advogado tirar a vida dela durante as discussões do casal. A jovem, no entanto, ignorou o comentário.
“Ela sempre tratou o pai com desdém, dizia que ele não sabia de nada, e que o namorado não seria capaz disso, mas nós tínhamos medo. Essa possibilidade [de morte] já havia sido levantada no dia que o meu irmão ficou sabendo que ele comprou uma pistola, e que estava tomando aulas de tiro. Meu irmão chamou toda a família e comentou que tinha a impressão de que a arma era para matar Kezia”, contou a familiar nesta segunda (18), em entrevista à TV Record Itapoan.
O ciúmes que Meira tinha da namorada era tanto que a jovem já não podia mais passar tanto tempo ao lado da família, na cidade de Feira de Santana, no centro-norte do estado. Quando estava entre os familiares, a vítima precisava fazer videochamadas para provar que não estava mentindo.
“Havia um relacionamento conturbado, ela vivia uma relacionamento controlado, ele achava que era o dono dela. Kezia gostava de viver, frequentar festas, não gostava de regras. Ele tinha muito ciúmes. Eu cheguei a comentar que estava abusivo. Ela passava 15 dias em Salvador e três em Feira de Santana, nesse período, ele ficava ligando, querendo buscá-la”, comentou o amigo também em entrevista à TV Record Itapoan.
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