USO RECREATIVO DA MACONHA REDUZ A INTELIGÊNCIA DO USUÁRIO (Por: Fabiano de Abreu (*)
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  • 19/12/2021 
  • redacao

Dentre seus diversos efeitos, a Cannabis sativa compromete a sinalização neural e prejudica a memória

Em meu último artigo científico publicado na Revista Multidisciplinar, analiso quais são os efeitos da Cannabis sativa (popularmente conhecida como maconha) no cérebro humano. O usuário crônico desta substância tem a sua inteligência diminuída. Quando inalada via fumo, a substância psicoativa presente na maconha chamada de Tetra-hidrocanabinol (THC) que altera a capacidade cognitiva do usuário e consequentemente sua velocidade de raciocínio e memória.

O conceito de inteligência geral foi desenvolvido para definir habilidades gerais, tais como memória e capacidade mental geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planejar e resolver os problemas enfrentados no dia a dia. Os pacientes que fazem uso crônico da Cannabis sativa como fumo apresentam alterações comportamentais, como a lentidão, falta de memória, falta de localização espacial, perda de motivação e falta de raciocínio lógico.

Em meu artigo científico, adotei como metodologia de pesquisa artigos em bases científicas e entrevistei psicólogos. Durante meu diálogo com os profissionais de saúde mental, foi  relatado que os pacientes que são usuários crônicos de Cannabis sativa apresentam sintomas em comum. Esses sintomas são a dificuldade no aprendizado, apresentando em decorrência da perda de memória, dificuldades em permanecer concentrados em  determinada função e alterações nas funções cognitivas.
Atualmente, existem evidências que usuários de maconha podem sofrer problemas no processamento da memória a curto prazo. A hipótese é de que a Cannabis sativa compromete a sinalização neural quando se liga aos receptores responsáveis pela memória no cérebro, podendo afetar a  capacidade de aprendizagem e até mesmo desencadear problemas de concentração.

 (*)- Sobre o Fabiano de Abreu

PhD, neurocientista, mestre psicanalista, biólogo, historiador, antropólogo, com formações também em neuropsicologia, psicologia, neurolinguística, neuroplasticidade, inteligência artificial, neurociência aplicada à aprendizagem, filosofia, jornalismo e formação profissional em nutrição clínica – Diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, UniLogos; Membro da Federação Européia de Neurociências e da Sociedade Brasileira e Portuguesa de Neurociências. Universidades em destaque: Logos University International, UniLogos, Nova de Lisboa, Faveni, edX Harvard, Universidad de Madrid.